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REFORMA TRIBUTÁRIA

Reforma Tributária: Alckmin defende inclusão de armas no 'imposto do pecado'

Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o governo vai trabalhar no Senado para incluir as armas no imposto seletivo

O presidente em exercício, Geraldo Alckmin O presidente em exercício, Geraldo Alckmin  - Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

O vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, defendeu nesta sexta-feira a inclusão da carne na cesta básica e criticou a retirada das armas do imposto seletivo (IS), conhecido como "imposto do pecado".

— Eu sempre entendo que você deve beneficiar mais a população mais pobre através do Imposto de Renda. O imposto de Renda deve ser sempre o fator mais importante de justiça de natureza tributária. Você colocar comida na cesta básica não é ruim. O ruim é você tirar do seletivo arma — afirmou Alckmin nesta sexta-feira durante evento do Sebrae sobre o Brasil Mais Produtivo.

A Câmara dos Deputados aprovou na noite desta quarta-feira a regulamentação da Reforma Tributária, que trata das regras de criação do novo sistema de tributos sobre o consumo.
 



PIS, Cofins, IPI, ISS e ICMS darão lugar aos futuros Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) e Imposto sobre Bens e Serviços (IBS). Carnes, queijos e sal foram incluídos na cesta básica de última hora.

A inclusão das carnes na cesta básica foi aprovada por meio de uma emenda destacada pelo PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro. Essa previsão não estava no texto-base aprovado inicialmente. Foi rejeitada a proposta de incluir armas e munições no Imposto Seletivo, o que na prática sobretaxaria esse tipo de produto.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta sexta-feira que o governo vai trabalhar no Senado para incluir as armas no "imposto do pecado".

— Vamos lutar no Senado para um volte com o imposto seletivo às armas — disse o ministro.

Embora o presidente Lula tenha defendido publicamente que proteínas animais tivessem impostos zerados, a Fazenda sustentava que o aumento do alcance do mecanismo de devolução de impostos aos mais pobres — conhecido como “cashback” — poderia trazer ganhos mais relevantes à essa parcela da população.

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