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Remuneração média do brasileiro no setor privado aumentou 3,6% em 2023

Foi registrado um crescimento de R$ 123,66 entre o salário médio de brasileiros que trabalham na iniciativa privada

Carteira de Trabalho DigitalCarteira de Trabalho Digital - Foto: Marcello Camargo./Agência Brasil

A remuneração média dos brasileiros no setor privado teve um aumento real (acima da inflação) de 3,6% em 2023, chegando a R$ 3.514,24, segundo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Em relação a 2022, houve um crescimento médio real de R$ 123,66.

A informação consta na Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), divulgada pelo MTE nesta quinta-feira. O levantamento ainda não inclui as informações do setor público, que devem ser publicadas no quarto semestre do ano, segundo o governo.

Homens e brancos tiveram os principais ganhos
A RAIS mostra, no entanto, que esse crescimento continuou a beneficiar principalmente homens, que tiveram um aumento médio real de R$ 131,40 no ano passado. No caso das mulheres, o aumento foi de R$ 111,15.

Desse modo, a remuneração das mulheres permaneceu 15,4% inferior à dos homens, com uma diferença de R$ 20,25.

Em novembro do ano passado o governo divulgou uma portaria que define regras para as empresas buscarem a igualdade salarial entre homens e mulheres.

O documento estabelece que empresas privadas devem fornecer informações sobre os ganhos de seus funcionários. O primeiro relatório divulgado pelo governo com os dados reunidos indica que mulheres recebem 19,4% a menos do que os homens nas maiores empresas do país.

No recorte por raça ou cor, os principais ganhos vieram para as categorias Brancas (+3,0%, ou +R$ 127,15), Preta (+4,1%, ou +R$ 117,11) e, Parda (+3,7%, ou +R$ 105,68) que tiveram aumentos.

Enquanto isso, as categorias Amarela (-11,9%, ou -R$ 636,87) e, Indígena (-1,5%, ou -R$ 51,10) registraram perdas na remuneração.

Estoque de empregos formais
No balanço total do mercado de trabalho do setor privado, o RAIS mostra que em 2023 houve um aumento de 3,5% no estoque de empregos formais, que atingiu 44.469.011 vínculos ativos. Com isso, houve um crescimento de 1.511.203 vínculos em relação ao ano passado, quando foram registrados 42.957.808 vínculos.

Trabalhos formais são aqueles em que os funcionários são empregados com um contrato e com registro na Carteira de Trabalho.

A região Sudeste permaneceu sendo a com maior concentração de empregos formais, detendo 51,2% do total dos vínculos. Em seguida, vem a região Sul, com 18,4%, e Nordeste, com 16,4%.

Norte, Nordeste e Centro-Oeste também apresentaram crescimento, respectivamente de 5,4%, 4,2% e 4,2%.

Entre os estados, o Piauí registrou o maior crescimento relativo, com um aumento de 7,3%, seguido por Amapá (+6,8%), Tocantins (+6,6%) e Roraima (+6,3%).

Todos os principais setores econômicos apresentaram crescimento no ano passado:
Construção civil - aumento de 6,8% (+181.588 vínculos)

Serviços - aumento +4,8% (+962.877 vínculos)

Comércio - aumento de 2,1% (+212.543 vínculos)

Agropecuária - aumento de 1,9% (+33.842 vínculos)

Indústrias Extrativas - aumento de 5,7% (+14.632 vínculos)

A subsecretária de Estatística e Estudos do Trabalho, Paula Montagne, destacou o desempenho do setor de serviços, que concentra a maior parte dos empregos formais no país.

— A gente que vem acompanhando o mercado de trabalho sabe que a maior parte dos empregos gerados estão no setor de serviço, a gente passa de 19,989 milhões para 20,952 milhões, uma variação de quase um milhão de empregos — observou a subsecretária.

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