Renda per capita em Pernambuco é maior que a do Nordeste
Dados foram divulgados pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua, a PNAD Conínua 2019. Estado apresenta renda maior que a região Norte
Pernambuco tem um rendimento médio per capita acima da média da região Nordeste. A informação consta na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) - Rendimento de Todas as Fontes 2019, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A população residente no Estado tem rendimento médio mensal de R$ 1.829, enquanto no Nordeste ele é de R$ 1.588.
Anteriormente, Pernambuco ocupava a terceira colocação entre os estados da região, ficando atrás do Rio Grande do Norte e de Sergipe. Agora, chega à segunda colocação, ficando atrás apenas do estado potiguar. Com esses números, Pernambuco fica com um desempenho não só acima do Nordeste como um todo, como também da região Norte, que tem média de R$ 1.687. As regiões Sudeste, com R$ 2.650; Centro-Oeste, com R$ 2.506; e Sul, com R$ 2.549, têm os maiores índices nacionais.
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Em 2019, a massa mensal de rendimento habitual foi de aproximadamente R$ 213,4 bilhões no Brasil, um número 2,2% maior que a estimada para 2018 e 12,0% maior que a de 2012. Já a massa mensal de rendimento domiciliar per capita alcançou R$ 294,4 bilhões. A parcela dos 10% com os menores rendimentos da população detinha 0,8% dessa massa, enquanto os 10% com os maiores rendimentos detinham 42,9%. O número de pessoas com rendimento de todos os trabalhos subiu de 43,4% da população (90,1 milhões) em 2018 para 44,1% (92,5 milhões) em 2019.
Já o rendimento médio mensal real domiciliar per capita obtido de todas as fontes não alcançava o salário mínimo nem no Norte (R$ 872), nem no Nordeste (R$ 884), enquanto o valor no Sudeste era de R$ 1.720. Na média nacional, a renda média domiciliar per capita de todas as fontes foi de R$ 1.406, em 2019.
No Nordeste, a renda per capita da região teve o maior crescimento entre as regiões brasileiras no ano de 2019, de 4,5%, puxada pelos ganhos dos mais ricos, enquanto os pobres ficaram ainda mais pobres.
Na região, metade da população sobrevivia com apenas R$ 261 por mês. Os 10% mais pobres contavam com R$ 57 por mês, sendo menos de R$ 2 por dia, uma queda de 5% em relação ao dinheiro disponível no ano anterior. Por outro lado, a fatia 1% mais rica da população local recebeu R$ 11.800, representando um salto de 14,9% na renda dessas famílias em apenas um ano.
A PNAD Contínua apontou ainda que o rendimento médio mensal do 1% mais rico da população, que recebia R$ 28.659, correspondia a 33,7 vezes o rendimento da metade da população mais pobre do Brasil, que ganhava R$ 850, deixando evidente a desigualdade social no Brasil.