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Economia

Renegociações de dívidas com bancos quase quintuplicam em menos de dois meses

A renegociação de contratos faz parte de uma medida anunciada em março pela Febraban e que consistia em adiar os vencimentos de dívidas de clientes pessoas físicas e micro e pequenas empresas por até 60 dias

Banco do Brasil  Banco do Brasil  - Foto: Arquivo/Agência Brasil

O volume de contratos renegociados nos bancos quase quintuplicou em pouco mais de um mês e meio. Segundo dados da Febraban (Federação Brasileira de Bancos) as instituições financeiras renegociaram 9,7 milhões de acordos -o equivalente a um saldo devedor de meio trilhão de reais (R$ 550 bilhões)- de 1º de março a 22 de maio.

O último levantamento feito pelos bancos, em 7 de abril, registrava 2 milhões de pedidos de renegociação de dívidas, que respondiam por R$ 200 bilhões. A renegociação de contratos faz parte de uma medida anunciada em março pela Febraban e que consistia em adiar os vencimentos de dívidas de clientes pessoas físicas e micro e pequenas empresas por até 60 dias. Com a extensão da crise ante a pandemia do coronavírus, alguns bancos estenderam o prazo de carência para 180 dias.

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O adiamento dessas dívidas é tratado pelos bancos como uma renegociação de contratos. O acordo vale para acordo vigentes e com pagamento em dia. Caso o banco queira estender o benefíciopara contratos atrasados, pode fazê-lo. Mas isso depende dos critérios estabelecidos por cada banco. Ainda segundo a Febraban, as concessões totais de crédito para o período -incluindo contratações, renovações e suspensão de parcelas- somam R$ 914,2 bilhões no período.

O número inclui as concessões totais do sistema financeiro entre março e abril de R$ 692,1 bilhões, divulgadas na última quinta-feira (28) pelo Banco Central, e outros R$ 222,1 bilhões contabilizados pela Febraban no mês até 22 de maio, e que consideram apenas as operações no segmento livre de crédito.

Segundo a federação, a taxa de juros total média caiu 1,6 p.p. (ponto percentual) entre fevereiro e março, para 21,5%. O spread bancário (diferença entre o custo de captação e a taxa cobrada no empréstimo) caiu 1,4 p.p., para 17,2 p.p..

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