EUA

Republicanos freiam projeto de Biden contra 'dinheiro oculto' em campanhas eleitorais

Nos Estados Unidos, os grupos de pressão e as associações podem levantar grandes somas de dinheiro sem revelar a sua origem e gastá-las em favor de um candidato, partido ou ideia

O presidente dos EUA, Joe BidenO presidente dos EUA, Joe Biden - Foto: Mandel Ngan / AFP

Os republicanos bloquearam nesta quinta-feira a aprovação de um projeto de lei no Senado americano que deveria trazer mais transparência às somas astronômicas de dinheiro que irrigam as campanhas eleitorais, uma reforma apoiada pelo presidente Joe Biden.

Nos Estados Unidos, os grupos de pressão e as associações podem levantar grandes somas de dinheiro sem revelar a sua origem e gastá-las em favor de um candidato, partido ou ideia. Neste verão, a imprensa revelou o exemplo de uma doação de 1,6 bilhão de dólares feita à Marble Freedom Trust, associação conservadora que se mobiliza, entre outras coisas, contra o direito ao aborto.

"Há muito dinheiro circulando nas sombras para influenciar nossas eleições. Chama-se 'dinheiro oculto', e sua existência "erode a confiança" dos cidadãos, denunciou Biden no começo da semana na Casa Branca.

O projeto de lei Disclose Act prevê obrigar qualquer grupo de pressão ou associação a identificar seus doadores quanto a soma entregue for superior a 10.000 dólares durante um ciclo eleitoral. No entanto, todos os senadores republicanos se opuseram ao projeto, argumentando que o governo federal deve se manter à margem da regulamentação do financiamento de campanhas.

O projeto de lei obteve 49 dos 60 votos necessários para levá-lo ao plenário do Senado, após o bloqueio republicano. Segundo a Casa Branca, o gasto político de "dinheiro oculto" passou de menos de US$ 5 milhões em 2006 para mais de US$ 1 bilhão em 2020.

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