Resultados da Pesquisa Industrial Mensal Regional de outubro
Nesta quinta-feira (09), o IBGE divulgou a Pesquisa Industrial Mensal Regional (PIM) de outubro de 2021. Os resultados desta pesquisa levam em consideração o contexto em que estão inseridos e são acompanhados de interpretações, que adicionam significado aos números.
Segundo o levantamento de dados, a produção industrial de Pernambuco aumentou 1,6% em outubro, ante ao mês anterior; também possui o sexto melhor resultado. No entanto, o estado ainda está 2,8% abaixo do nível observado no período pré-pandêmico. Em contraste, é graças ao impulso pernambucano, baiano e cearense que a região do Nordeste teve a maior alta do país, ficando com 5,1%.
“Os índices da produção industrial em Pernambuco têm variado muito mês a mês, saímos de uma queda de 6,5% em agosto para altas sucessivas de 4,8% em setembro e 1,6% em outubro. Não podemos dizer ainda que é uma recuperação porque não temos uma constância que nos permita esse tipo de inferência”, aponta Fernanda Estelita, gerente de planejamento e gestão do IBGE em Pernambuco.
Na variação acumulada nos últimos 12 meses (de novembro de 2020 a outubro de 2021), Pernambuco avançou 2,3%. Mesmo com o incremento, o nível continua abaixo da média nacional, que está em 5,7%. Comparando os resultados observados em Pernambuco no período entre janeiro e outubro com o mesmo período de 2020, nota-se um avanço de 0,7% que, infelizmente, ainda está abaixo da média observada.
“Ainda temos questões importantes a resolver como falta de matéria prima devido ao fechamento dos mercados no ano passado e as incertezas quanto ao cenário político. A alta dos juros também torna os investimentos mais difíceis e os empresários estão cautelosos em assumir novas dívidas. Qualquer previsão neste momento seria imprudente porque, além das questões já apontadas, temos o futuro da questão sanitária que ainda não se definiu, apesar dos avanços no país nos últimos meses”, explica Fernanda.
Apenas duas das 12 atividades industriais analisadas tiveram bons resultados ante o mesmo mês do ano passado. São a fabricação de outros equipamentos de transporte, exceto veículos automotores (alta de 58,4%), e a fabricação de produtos alimentícios (avanço de 2,6%). Enquanto isso, os piores resultados ficaram concentrados na fabricação de produtos têxteis (-34,1%); fabricação de outros produtos químicos (-32%); fabricação de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-20,8%); e fabricação de sabões, detergentes, produtos de limpeza, cosméticos, produtos de perfumaria e higiene pessoal (-14,5%).
Segundo a gerente de planejamento e gestão do IBGE em Pernambuco: “Essas altas mais recentes têm sido puxadas pela fabricação de outros equipamentos de transporte, exceto veículos automotores que sofreu bastante durante todo o período da pandemia”.
No acumulado dos últimos 12 meses, além da fabricação de outros equipamentos de transporte (alta de 72,7%), se sobressaem a fabricação de produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos (14,4%) e Metalurgia (13,8%).