Economia

Risco de racionamento é maior que o da variante delta, diz Itaú Unibanco

"Até o momento, a variante delta parece sobre controle", disse Mesquita

Energia elétricaEnergia elétrica - Foto: Marcelo Camargo/ Agência Brasil

O economista-chefe do Itaú Unibanco, Mário Mesquita, disse nesta terça-feira (24) que a retomada da economia brasileira corre mais riscos com a ameaça de racionamento de energia do que com o aumento da circulação da variante delta do novo coronavírus no país.

"Até o momento, a variante delta parece sobre controle", disse Mesquita, durante apresentação do terceiro relatório de Análise de Comportamento de Consumo, relativo ao segundo trimestre de 2021. "Já o risco de racionamento é maior".
Para Mesquita, o Brasil vai sair desta pandemia mais desigual do que entrou. "Estamos observando o aumento do nível do emprego formal. Já o desemprego cresce no mercado informal".

Para 2021, o Itaú projeta um aumento de 5,7% no Produto Interno Bruto (PIB) em comparação a 2020, quando a atividade econômica encolheu 4,1%. Já para 2022 a previsão de crescimento do PIB é de 1,5%.
 

"2022 será muito mais desafiador", afirmou. "Não há drivers de crescimento do PIB para o ano que vem", diz Mesquita, lembrando que pelo menos dois fatores expansionistas são necessários para que a atividade econômica avance mais do que 2% - fiscal, monetário ou externo.

A taxa Selic deve encerrar este e o próximo ano a 7,5%, na previsão do Itaú Unibanco. A inflação pelo IPCA deve ficar em 6,9% este ano e, pelo IGPM, em 18,5%. Já a previsão para 2022 é de uma inflação de 3,9% pelo IPCA e 4% pelo IGPM. "No ano que vem, veremos as medidas tomadas pelo Banco Central surtindo algum efeito no controle inflacionário".

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