Petrobras

Rui Costa diz que Petrobras vai intensificar estudos na Margem Equatorial

Ministro da Casa Civil afirmou que área tem "possibilidade de ser um novo grande reservatório e gás e óleo para o Brasil"

O ministro da Casa Civil, Rui Costa, em evento com governadores do Nordeste no Palácio do Planalto O ministro da Casa Civil, Rui Costa, em evento com governadores do Nordeste no Palácio do Planalto  - Foto: Henrique Raynal/Casa Civil

O ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou que a Petrobras vai intensificar estudos e investimentos na Margem Equatorial. A região que se estende por uma área de mais de 2.200 quilômetros de litoral do Amapá ao Rio Grande do Norte, próxima à Linha do Equador, compreende a foz do Rio Amazonas, e é considerada a nova fronteira petrolífera no Brasil e que foi eleita pela Petrobras como uma de suas prioridades. Em maio, no entanto, o Ibama negou licença ambiental para a Petrobras explorar petróleo na região, o que abriu embate no governo, colocando em polos opostos Ibama e Ministério de Ambiente e a Petrobrás e o Ministério de Minas e Energia.

— Temos outros desafios com a chamada margem equatorial, que pega desde o norte do Amapá até a bacia do Rio Grande do Norte, com investimentos, pesquisas que a Petrobras vai manter e vai intensificar porque ali, acena-se com a possibilidade de ser um novo grande reservatório e gás e óleo para o Brasil — disse Costa.

A fala do ministro ocorreu no Palácio do Planalto, durante a abertura do evento ‘Desenvolvimento Econômico - Perspectivas e Desafios da Região Nordeste’, com as presenças do com as presenças dos governadores de Pernambuco, Ceará, Maranhão e do vice-governador da Bahia.

Na época do embate, Rui Costa foi escalado por Lula para mediar o conflito entre as áreas ambiental e de energia do governo. A Petrobras entrou com recurso junto ao Ibama pedindo uma reanálise da licença ambiental. No final de maio, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, afirmou que a decisão foi analisada no mérito e não se tratava de decisão política. Em julho, Marina disse ao GLOBO que a foz do Rio Amazonas é uma região de "alta sensibilidade" e que o Ibama "não facilita e nem dificulta:

— É uma região com alta sensibilidade, e os posicionamentos ocorrem nos autos. Os técnicos fizeram uma avaliação criteriosa. Aqui nós cumprimos a lei, nem facilitamos nem dificultamos. O Ibama já deu mais de duas mil licenças só para a Petrobras. Se não foram ideológicas as licenças dadas, também não são ideológicas as licenças negadas. São processos técnicos.

O investimento é defendido por lideranças da região. O Ministério de Minas e Energia calcula a exploração de petróleo na região área pode gerar US$ 56 bilhões em investimentos, além de uma arrecadação da ordem de US$ 200 bilhões. Para a pasta, é necessário avançar nestes investimentos porque, no atual cenário, o Brasil atingirá o seu pico de produção de petróleo em seis anos. Estimativas da pasta apontam que há cerca de 10 bilhões em barris de petróleo recuperáveis na fronteira brasileira. Para se ter uma ideia do que isso significa, o Brasil tem hoje 14,856 bilhões de barris de petróleo de reservas provadas.

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