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Conflito na Ucrânia

Rússia reduz fornecimento, gás dispara e petróleo cai

Gazprom anunciou que reduzirá drasticamente fornecimento de gás à Europa pelo gasoduto Nord Stream

Logo da Gazprom, maior empresa de energia da Rússia, e também a maior exportadora de gás natural do mundoLogo da Gazprom, maior empresa de energia da Rússia, e também a maior exportadora de gás natural do mundo - Foto: Natalia Kolesnikova / AFP

Os preços do gás europeu continuaram, nesta terça-feira (26), sua escalada, após o anúncio de novos cortes no fornecimento russo. Já o preço do petróleo caiu em meio a temores de uma recessão.

O TTF holandês, referência do gás natural na Europa, ficou em 202,45 euros o megawatt-hora (MWh) no fechamento, 26 dólares acima do fechamento de segunda-feira.

A Gazprom anunciou na segunda-feira (25) que reduziria drasticamente a partir de quarta-feira o fornecimento de gás à Europa pelo gasoduto Nord Stream, utilizando como justificativa a necessidade de manutenção de uma turbina.

"Os estoques europeus estão longe do nível necessário de 90% (ndlr: antes do inverno boreal) e tememos cada vez mais que a Rússia utilize o gás natural como arma para obter concessões do Ocidente" no contexto da invasão à Ucrânia, afirmou Tamas Varga, analista da PVM Energy.

A União Europeia decidiu, nesta terça-feira (26), reduzir o consumo de gás para ser menos dependente da Rússia. No início de junho, 35% do gás natural da Alemanha era comprado de fornecedores russos. Em 2021, a Rússia foi responsável por 40% das importações de combustível da União Europeia.

Ao lado do petróleo, as perspectivas negativas para a economia mundial pesaram nos preços.

"As crescentes preocupações ligadas à recessão tomaram a frente da oferta" reduzida, destacou Edward Moya, da Oanda. 

Assim, o barril de Brent do Mar do Norte para entrega em setembro perdeu 0,71% e ficou a 104,40 dólares em Londres. O barril do West Texas Intermediate (WTI) para o mesmo mês caiu 1,77% e chegou a 94,98 dólares em Nova York.

A alta da inflação no mundo e a desaceleração nos Estados Unidos e China levaram o FMI a rebaixar, nesta terça-feira, as perspectivas de crescimento para a economia global em 2022 e 2023 e a alertar que a situação pode piorar muito.

"As perspectivas estão consideravelmente sombrias desde abril", disse o economista-chefe do FMI, Pierre-Olivier Gourinchas. "O mundo pode em breve ficar à beira de uma recessão global, apenas dois anos após a última", acrescentou.  

O FMI cortou a estimativa de crescimento do PIB mundial para 2022 a 3,2%, 0,4 pontos porcentuais a menos que o prognóstico de abril.

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