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BRASIL

Sabatina dos indicados à diretoria do Banco Central no Senado é marcada para próxima terça (10)

Análise no plenário deve ocorrer no mesmo dia

Gabriel GalípoloGabriel Galípolo - Foto: Diogo Zacarias/Ministério da Fazenda

O presidente da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, senador Vanderlan Cardoso (PSD-GO), marcou a sabatina dos três indicados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silvaà diretoria do Banco Central para a próxima terça-feira (10). Após a sabatina, a análise deve ser feita no mesmo dia pelo plenário da casa.

Os indicados são:

Nilton David, na vaga de Gabriel Galípolo (Política Monetária);

Izabela Correa, na vaga de Carolina de Assis Barros (Relacionamento, Cidadania e Supervisão de Conduta);

Gilneu Vivan, na vaga de Otávio Damaso (Regulação);

Gabriel Galípolo vai assumir a presidência do BC no lugar de Roberto Campos Neto, que deixa o cargo no dia 31 de dezembro deste ano. Na mesma data, se encerram os mandatos de Damaso e Carolina Barros.

Caso as indicações sejam aprovadas pelo Senado em 2024, os indicados passarão a exercer o cargo de diretor do Banco Central do Brasil a partir de 1° de janeiro de 2025.

Os escolhidos iniciaram nesta quarta-feira o tradicional "beija-mão" no Senado. É quando os candidatos visitam os senadores para angariar votos para aprovação.

Vanderlan não vê vetos ou problemas em relação aos nomes, mas teme uma "mudança de humor" em meio ao impasse sobre o pagamento de emendas.

— Eu creio que não vai ter problema. Mas tem que resolver esses assuntos até lá. Porque o humor pode mudar de uma hora para outra por causa das questões da emendas.


Nesse contexto, a expectativa é de que a sabatina tenha um clima mais tenso do que a avaliação do nome de Gabriel Galípolo para presidência do BC, realizada em outubro. Como de costume, os três indicados vêm sendo bem recebidos nas conversas nos corredores do Congresso, mas o temor é de que a sessão na CAE seja usada pelos parlamentares para mandar recados para o governo.

Na sabatina de Galípolo à presidência em outubro, ele recebeu muitos elogios, inclusive da oposição, e teve o aval de todos os 26 senadores presentes no colegiado. Agora, mesmo o BC espera que os três indicados devem ouvir perguntas mais duras, principalmente sobre o aumento da taxa Selic, a disparada do dólar e a autonomia do BC. Além disso, são esperados alguns votos contrários, longe de ameaçar, contudo, a aprovação dos nomes.

Se os três novos indicados forem aprovados, o governo Lula passará a ter indicado a maioria entre os membros da diretoria do Comitê de Política Monetária (Copom). A mesa é composta por nove diretores e sete deles terão sido indicados pelo presidente Lula.

O diretoria do Copom é responsável por definir a taxa Selic, a taxa básica de juros da economia brasileira. A cada 45 dias os membros se reúnem para votar se mantém, abaixa ou aumenta a taxa de juros. O patamar da Selic, atualmente em 11,25% ao ano, é alvo de reclamação do governo.

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