Saiba como fugir da inflação da Copa
Preços de produtos ligados ao torneio mundial de futebol chegam a sobrar em relação a 2018.
A alta dos preços de itens relacionados à Copa do Mundo, como carnes, cerveja, televisores e a camisa da seleção brasileira, pode chegar a ser até 100% maior que a última Copa. De acordo com pesquisa realizada pela empresa XP, indica que os itens mais consumidos nessa época pelos torcedores, chegaram a dobrar de preço, registrando inflação de dois dígitos desde 2018.
Já que a grande maioria não irá até o Catar em novembro, a televisão é praticamente indispensável, e se o brasileiro quiser trocar a TV por um modelo maior ou melhor, deve desembolsar em média 17% mais que em 2018. Com os efeitos da pandemia , o aumento da demanda e o setor severamente impactado pela disrupção da cadeia global de suprimentos, os preços passaram a subir.
O torcedor brasileiro se contém quando o assunto é reunir amigos e celebrar os jogos. Por exemplo, se a ideia é fazer um churrasco para acompanhar o jogo, vão ter que gastar em média 80% mais para comprar a carne, 18% para cerveja e 24% para o refrigerante e a água.
"O aumento no valor de mercado do primeiro item [televisão] está associado a uma maior demanda global após a recessão provocada pela crise da pandemia. Além disso, a alta das exportações, e a elevação dos custos de grãos e queda da área de pastagens com a crise hídrica de 2020/21. Já a cerveja e o refrigerante, em paralelo, tiveram alta relevante de custos, especialmente por conta das embalagens, com cotação em dólar", afirma o líder regional da XP em Pernambuco, Paulo Pereira Filho.
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Além dos torcedores que gostam de acompanhar de casa os jogos, existem também aqueles que preferem acompanhar os jogos fora, num bar, por exemplo. Se este é o seu caso, você vai gastar cerca de 15% a mais para comprar a cerveja e mais 20% para água e refrigerante.
De acordo com o líder da XP, a inflação é levemente menor se fizermos um comparativo em relação à compra no supermercado. No entanto, vale lembrar que, de maneira geral, consumir fora do domicílio acaba sendo, em média, 15% mais caro.
Para quem gosta de se uniformizar para assistir aos jogos, para adquirir uma camisa oficial da Seleção você vai desembolsar R$ 349,99 (site oficial da Nike), superando em 40% o valor pago em 2018, e bem acima da inflação acumulada no período (26,8%).
Se além de comemorar você quiser participar da tradição de trocar figurinhas com os amigos em busca de completar o álbum, os preços podem assustar: o álbum oficial (versão tradicional) subiu 16,5%, enquanto o pacote com cinco figurinhas dobrou de preço (variação observada também em relação à última Copa).
Segundo Paulo, a solução para reduzir esses custos é o planejamento.
“Eu acredito que não dá para a gente deixar de aproveitar um evento como esse, principalmente para nós, brasileiros, é uma grande festa a Copa do Mundo. O que a gente tem que fazer aqui basicamente é um planejamento, ele tem uma grande possibilidade de reduzir esses custos do impacto da inflação. Para entrar no ritmo e não deixar todo o salário nos barzinhos, tente buscar alternativas, se a gente acredita que o Brasil vai chegar até a final, são 7 jogos até lá, fazer um planejamento de dividir esses custos, assistir o jogo em casa de amigo, familiares. Assim, vai definindo quem vai organizar essa festa, quem leva a comida, quem pode levar a bebida. Acaba dividindo as despesas.”, ressalta.