Saiba quem é a chilena que se tornou a mulher mais rica da América Latina
Iris Fontbona começou a acumular uma das maiores fortunas do planeta depois de ficar viúva de investidor no ramo de minas
Uma bilionária chilena, que tenta viver com discrição e longe dos holofotes, é atualmente a mulher mais rica da América Latina e a terceira pessoa no ranking dessa região do mundo.
A informação é da Lista dos bilionários da Forbes, que possui o mexicano Carlos Slim — magnata das telecomunicações dono da operadora Claro — no topo do ranking regional, figurando na 17ª posição em todo o planeta.
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Slim possui fortuna avaliada em US$ 91,8 bilhões (quase meio trilhão de reais). A chilena Iris Fontbona tem 82 anos e possui um patrimônio menor, mas nada modesto, avaliado em US$ 27,7 bilhões.
Com a alta da valorização da moeda americana no Brasil, a quantia equivale hoje cerca de R$ 148 bilhões.
Na lista da Forbes, ela é a terceira pessoa latino-americana mais rica, atrás também do brasileiro Eduardo Saverin, cofundador do Facebook, que possui cerca de US$ 200 milhões a mais em patrimônio.
Por isso, ele figura uma posição acima da chilena no ranking global — ele na 61ª, ela na 62ª.
Riqueza vem do minério
A bilionária chilena tem hoje 82 anos e uma longa história no mundo dos negócios.
Herdeira de um império mineiro que se diversificou em áreas como hotelaria, banca, pesca, marítima e até televisão, Fontbona é a matriarca da família Luksic e a mulher que comanda as operações dos múltiplos braços financeiros das empresas administradas por seus filhos.
Iris nasceu em 1942 em Antofagasta, cidade desértica localizada a mais de 1,3 mil km ao norte da capital chilena, Santiago.
Lá, estudou em um colégio religioso chamado Instituto Santa María e no final desse ciclo sua vida deu uma guinada: aos 17 anos casou-se com um homem 16 anos mais velho que ela.
O pretendente, recém-viúvo, já tinha dois filhos. Andrónico Luksic Abaroa, empresário de origem croata que começou no negócio como proprietário de uma concessionária Ford e mais tarde se aventurou como empresário do ramo de minas.
Só que ele conseguiu expandir seus negócios depois de um erro que se revelou bem-vindo. Foi durante a venda de um de seus campos de extração para um consórcio japonês.
A Nippon Minning, que adquiria as terras do croata, confundiu o preço de compra do campo Portezuelo.
Em vez de pagar 500 mil pesos chilenos pelo negócio, os japoneses acabaram confundindo a moeda e dando a Luksic US$ 500 mil (em valores atuais, cerca de R$ 2,5 milhões).
A confusão foi aproveitada pelo empresário, que expandiu seus investimentos nos negócios mineiros, principalmente na extração de cobre.
Iris tomou as rédeas dos negócios familiares em 2005, com a morte do marido.
A família detém empresas que exploram diversos setores, como:
A Antofagasta Minerals: mineradora com sede em Santiago é uma das maiores produtoras de cobre do do mundo. Com diversas minas de cobre no Chile, é também o principal grupo minerador privado do país, com papéis listados na Bolsa de Valores de Londres;
A Quiñenco: conglomerado chileno que está presente em mais de 120 países nos cinco continentes e que reúne diversas empresas, como o Banco de Chile; a Compañia de Cervecerías Unidas (CCU), produtora de bebidas e detentora da Pepsi e da água Perrier no país; a Madeco, que produz derivados metálicos energia; a Enex, que opera postos sob a marca Shell no país; além de empresas de transporte e serviços portuários.