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Economia

Se Campos Neto tem plano melhor, pergunte a ele, diz Guedes ao rebater presidente do BC

Roberto Campos Neto afirmou que o Brasil precisa ganhar credibilidade a partir de reformas e de um plano

Paulo Guedes, ministro da EconomiaPaulo Guedes, ministro da Economia - Foto: Alan Santos/PR

O presidente do BC (Banco Central), Roberto Campos Neto afirmou nesta quarta-feira (25) que o Brasil precisa ganhar credibilidade a partir de reformas e de um plano que mostre que o país está preocupado com a dívida pública.

Horas depois, o ministro Paulo Guedes (Economia) foi perguntado sobre as afirmações do chefe da autoridade monetária e rebateu. "O presidente Campos Neto sabe qual é o plano. Se ele tiver um plano melhor, pergunte a ele qual o plano dele, qual o plano que vai recuperar a credibilidade."

Campos Neto disse em um evento virtual que a credibilidade do país geraria mais crescimento econômico que eventual prorrogação de medidas de enfrentamento à pandemia ou outras iniciativas que demandariam gastos públicos.

"É importante ver qual é o ganho que se tem com essas medidas [de enfrentamento à pandemia]. Chega num ponto que a situação fiscal está tão fragilizada que pode gerar crescimento no curto prazo, mas a falta de credibilidade pode afetar isso lá na frente e gerar um efeito contrário ao desejado, contracionista em vez de expansionista", disse em evento promovido pelo Sicoob nesta quarta-feira (25).


Em suas últimas falas públicas, Campos Neto tem reforçado que o país precisa mostrar compromisso com a trajetória da dívida e a necessidade de se atrair investimentos privados.

Em entrevista na porta do Ministério da Economia à noite, Guedes afirmou que o governo tem plano.

"Todo mundo sabe qual o nosso plano. Quem estiver sentindo falta de um plano quinquenal, dá um pulinho ali na Argentina, ali na Venezuela", disse Guedes. "O dia que a bolsa estiver caindo 50%, o dólar explodindo, aí vou dizer que falta credibilidade"

O ministro ponderou que a velocidade de implementação das medidas é dada pela política. Ele citou como exemplo a agenda de privatizações, que é prioridade do governo, mas está travada.

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