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POLÍTICA

Sem citar Ibama e Petrobras, Marina diz considerar "ingratidão" destruir obra do "Criador"

A ministra enfrenta queda de braço com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, que defende o projeto da estatal de exploração de petróleo na Foz do Amazonas

Ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, durante coletiva de imprensa na sede da pasta, em BrasíliaMinistra do Meio Ambiente, Marina Silva, durante coletiva de imprensa na sede da pasta, em Brasília - Foto: José Cruz / Agência Brasil

Um dia após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ter sinalizado que não descarta o plano da Petrobras de exploração de petróleo na Foz do Amazonas, a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, afirmou considerar "ingratidão" destruir o meio ambiente, que comparou a um "presente" do "Criador". A ministra enfrenta uma queda de braço com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, que defende a licença de perfuração pedida pela estatal e negada pelo Ibama.

"Se a gente pega o presente e destrói, nossa, que ingratidão! Então, (é) muita contradição dizer que ama o Criador e desrespeita a criação, dizer que ama o Criador e destrói a criação, dizer que ama o Criador e está mais preocupado em ganhar dinheiro com a criação do que cuidar desse jardim, que Deus nos colocou para cultivar e guardar. Pode cultivar, usar, mas guarda",  disse Marina ao participar de evento da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).

Ela evitou se referir abertamente ao impasse criado no governo, envolvendo o Ibama, subordinado ao Meio Ambiente, Petrobras e Ministério de Minas e Energia.

Na semana passada, o Ibama negou licença para a Petrobras realizar perfuração de teste em alto mar na região chamada de Margem Equatorial Brasileira, que abrange o litoral norte até Rio Grande do Norte. Como justificativa, o Ibama alegou que a bacia da foz do Amazonas abriga unidades de conservação, terras indígenas e grande biodiversidade marinha, com espécies ameaçadas de extinção.

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