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Serasa: 46% dos brasileiros gastam dinheiro com shows e festivais de música

Com o Brasil na rota de grandes eventos, a Serasa realizou pesquisa sobre o comportamento financeiro da população brasileira com os shows musicais no País

Pesquisa aponta que 62% dos brasileiros têm o costume de ir, pelo menos uma vez ao ano, em concertos de artistas nacionaisPesquisa aponta que 62% dos brasileiros têm o costume de ir, pelo menos uma vez ao ano, em concertos de artistas nacionais - Foto: Mauro Pimentel/AFP

Que o Brasil já virou rota para turnê de grandes artistas é um fato. E, cada vez com mais frequência, festivais e shows - principalmente internacionais - são confirmados no País. Esse movimento acaba impactando na economia e na situação financeira do brasileiro. 

Pensando nisso, a Serasa promoveu, nesta quinta-feira (23), um bate papo on-line com o jornalista José Norberto Flesch, expert em eventos e também conhecido como “o cara que anuncia shows”, com o tema “Radiografia Financeira do Universo de Shows Musicais no Brasil” e apresentou uma pesquisa sobre o comportamento financeiro da população a respeito de shows e festivais.

“A demanda de produtoras aumentou, logo, a da quantidade de shows também. Quando anuncio algum artista, recebo uma enxurrada de perguntas querendo saber qual valor. As pessoas precisam saber para se programar, mas, independente do valor, elas vão”, pontuou Flesch.

Radiografia
Segundo o estudo, realizado pela Serasa em parceria com o instituto Opinion Box, 62% dos brasileiros têm o costume de ir, pelo menos uma vez ao ano, em concertos de artistas nacionais e 27% se programam para ir a shows internacionais.

Em relação ao planejamento financeiro, 56% dos consumidores que vão aos shows sempre se planejam com antecedência, e 46% costumam poupar ou investir algum dinheiro para destinar a esses gastos. Entretanto, 6 em cada 10 pessoas têm o hábito de comprar os ingressos menos de um mês antes do show acontecer ou até na semana ou dia do show.

“Temos acompanhado um volume significativo de artistas e bandas retornando aos palcos depois da pandemia e, paralelo aos anúncios, novos gastos dos fãs que se encontram cada vez mais ansiosos para participar desses reencontros”, explica Clara Aguiar, especialista em educação financeira da Serasa.

“Dessa forma, a quem gosta de frequentar esses eventos, o ideal seria reservar uma parcela do orçamento a esse tipo de realização para não ser surpreendido ou agir por impulsos”, pontua.

Principais gastos 
De acordo com o levantamento, sete em cada 10 entrevistados afirmam que o maior valor já pago para assistir a um show foi de até R$ 300, comprometendo até 10% da renda mensal com o serviço. Da mesma forma, outros 70% dizem que não pagariam mais do que esse valor em um ingresso.

Os gastos não se resumem ao ingresso, assim, durante a realização do evento, os custos mais comuns são com alimentação e bebidas (68%), em uma média de até R$ 200 por concerto.

Em relação a shows em cidades distantes e que envolvem deslocamentos, a alimentação fora do show, hospedagem e gasolina também são contabilizadas, totalizando uma média de até R$ 1 mil por pessoa.

“Não é de agora, mas pessoas acabam se endividando para irem a shows, independente do cenário econômico do País. A Argentina, por exemplo, que passa por uma crise econômica gigantesca, segue lotando shows. A paixão move multidões. Por isso é importante o planejamento para que as pessoas não se percam na maratona de shows que o País recebe”, apontou Flesch.

Crédito como opção de compra
O principal método utilizado para as compras dos passaportes desses shows é o cartão de crédito. A pesquisa revelou que 48% dos consumidores usam esse meio de pagamento, seguido pela transferência via Pix. Entre quem compra com o cartão, 59% revelam parcelar apenas se encontrar opções sem juros nas plataformas de venda.

“É necessário que haja um planejamento prévio e que as pessoas estejam atentas para não correrem risco de endividamento nos parcelamentos com cartões de crédito, principalmente se houver juros. Importante usar o parcelamento com consciência”, finalizou José Norberto Flesch.

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