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Emprego

Setor da cana-de-açúcar pretende gerar 70 mil empregos até março no Estado

Expectativa é de que a nova safra seja a melhor em quatro anos, chegando a quase 13 milhões de toneladas de cana colhida

Renato Cunha, presidente do Sindaçúcar PernambucoRenato Cunha, presidente do Sindaçúcar Pernambuco - Foto: Léo Caldas

Historicamente, a economia pernambucana sempre teve o plantio da cana-de-açúcar como forte aliado. Em um momento de crise devido à pandemia da Covid-19, o segmento se mostra um importante alicerce na retomada econômica. De acordo com o Sindaçúcar Pernambuco, espera-se que sejam colhidas 12,8 milhões de toneladas de cana na safra atual, gerando 70 mil empregos no Estado.

Esses números são resultados de uma entressafra marcada pela estabilidade climática, que influenciou positivamente o novo período de colheita - que teve início em setembro e deve continuar até março. Segundo o presidente do Sindaçúcar Pernambuco, Renato Cunha, espera-se que esta colheita seja a maior em quatro anos. “O clima da entressafra foi positivo, fazendo com que as projeções tenham sido de crescimento para a safra atual. Porém, as projeções podem ser diminuídas em função de um verão mais forte”, explicou.

A projeção de quase 13 milhões de toneladas de cana colhidas representa o maior volume dos últimos quatro anos. “O setor ainda não está nos melhores momentos, mas está tentando consolidar uma recuperação, procurando os mecanismos de mercado interno e exportação”, analisou Renato Cunha.

A formação atual de estoques pelos asiáticos, a alta do dólar e as dificuldades que vivem países exportadores de açúcar, como Índia e Tailândia, tornam a exportação ainda mais atrativa para os produtores. A possibilidade de desabastecimento e consequente alta nos preços do açúcar no Brasil, porém é descartada. De acordo com o presidente do Sindaçúcar, o abastecimento é garantido porque o país produz cerca de 42 milhões de toneladas e só consome 10 milhões.

Assim como outros setores, a indústria do açúcar também sentiu os efeitos da pandemia. A diminuição brusca do consumo de etanol e as disputas no mercado de petróleo foram os principais fatores negativos no período e que contribuíram para as perdas. Diferente de outros, porém, o segmento sucroalcooleiro vem se recuperando rapidamente. No acumulado de janeiro a setembro de 2020, o setor gerou 21.801 novos postos de trabalho no estado, sendo o maior empregador entre as usinas nacionais.

Somente em setembro, o setor sucroalcooleiro foi responsável pela criação de mais de 10 mil postos de trabalho no mês, representando 47% do total de empregos gerados em todo o Estado. Esses números mostram a importância do setor na economia de 58 municípios de Pernambuco que plantam a cana. “Os ativos da cana geram valor em mercadoria no setor de commodities, mas além disso, gera milhares de empregos distribuídos na indústria, logística e outros setores”, destacou Renato Cunha.

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