Brasil

Setor de serviços cresce 1,2% em julho, acima das expectativas

Na comparação com julho do ano passado, o avanço foi de 4,3%

A atividades de profissionais administrativos cresceu com força em julho e impulsionou o setor de serviços A atividades de profissionais administrativos cresceu com força em julho e impulsionou o setor de serviços  - Foto: Unplash/Reprodução

O setor de serviços cresceu 1,2% em julho, na comparação com o mês anterior. Este é o segundo resultado positivo seguido, segundo dados do IBGE divulgados nesta quarta-feira. O número veio acima da expectativa de especialistas, que projetavam estabilidade, e deve contribuir para pressionar a inflação.

No ano, o setor acumula alta de 1,8% frente a igual período de 2023.

Nos últimos 12 meses, a expansão é menor, de 0,9%, pouco acima do 0,8% nos 12 meses encerrados em junho.

Na comparação com julho do ano passado, o avanço foi de 4,3%.


O desempenho do setor foi puxado pelos segmentos de profissionais administrativos e complementares (+ 4,2% na comparação com junho) e de comunicação e informação (+ 2,2%). Neste último, incluem-se as atividades audiovisuais, que saltaram 7,2% em julho, especialmente devido a maior procura por cinema nas férias.

 

De acordo com Rodrigo Lobo, gerente da Pesquisa Mensal de Serviços do IBGE, houve aumento de receita nas atividades de portais da internet, provedores de conteúdo e ferramentas de busca, além das de telecomunicações e de exibição cinematográfica.

“Como é um mês de recesso escolar, é comum que muitas famílias tirem férias e as salas de cinema acabam tendo um bom desempenho nesse período", diz Lobo.

No entanto, os serviços prestados às famílias, que incluem hotéis e restaurantes - atividades que costumam ter mais demanda nas férias -, tiveram queda em julho. O recuo foi de 0,2%.

O que mais pesou negativamente no desempenho no mês, no entanto, foi o segmento de transportes, com queda de 1,5%, influenciado, principalmente, pelos recuos observados em transporte dutoviário e no rodoviário de cargas.

Ontem, o IBGE divulgou a primeira deflação desde junho de 2003. Ainda assim, há preocupações com os preços entre analistas, justamente por causa do setor de serviços, que continua aquecido. O ritmo de abertura de vagas no mercado de trabalho e o aumento da renda devem manter a demanda por vários serviços, avaliam os economistas, pressionando a inflação, o que deve fazer com que o Banco Central (BC) eleve os juros na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) em setembro.

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