Shein entra na mira da União Europeia e terá controles mais rígidos a partir de agosto
Com 108 milhões de usuários no bloco europeu, varejista chinesa ficará sob supervisão destinada a gigantes on-line como Facebook e TikTok prevista em nova lei de serviços digitais
A Comissão Europeia, braço executivo da União Europeia (UE), incluiu nesta sexta-feira (26) a gigante chinesa do comércio têxtil Shein entre as plataformas digitais sujeitas a regras de controle mais rígidas para operar no bloco.
A Shein, loja on-line especializada em moda, junta-se a um grupo que inclui plataformas como Facebook, X (antigo Twitter) e TikTok, que estão sujeitas a regras operacionais particularmente rígidas devido ao seu tamanho.
De acordo com a Lei de Serviços Digitais (LSD), que regulamenta o setor, a Shein estará sujeita a regras mais rígidas a partir do fim de agosto.
Leia também
• Empresa matriz do TikTok descarta vender rede social apesar de ameaças nos EUA
• De 71 países, apenas 2 e União Europeia não criminalizam desinformação
• Shein vê seus lucros dobrarem e superarem US$ 2 bi à espera da abertura de capital, diz jornal
Essas regras especiais, reservadas a grandes plataformas, incluem a implementação de medidas para "proteger os consumidores contra a compra de produtos inseguros ou ilegais", afirmou a Comissão. Também exige medidas para evitar a "venda e distribuição de produtos potencialmente prejudiciais a menores de idade".
Essas grandes plataformas também devem se submeter a uma auditoria externa independente uma vez por ano, às suas próprias custas.
Outra gigante do varejo on-line, a também chinesa Temu, deve ser a próxima a ficar sob vigilância da UE, com os seus mais de 70 milhões de usuários mensais ativos na UE em apenas um ano de operação.