Logo Folha de Pernambuco

Ministro de minas e energia

Silveira critica abusos e diz que 'Corte do gás' loteou País em 'capitanias hereditárias'

Ele defendeu que as taxas de retorno dos investimentos das distribuidoras de gás do Brasil devem ser compatíveis com o risco do negócio

Ministro de Minas e Energia, Alexandre SilveiraMinistro de Minas e Energia, Alexandre Silveira - Foto: Joédson Alves/Agência Brasil

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, criticou nesta quarta-feira, 24, o setor de gás natural, apontando "loteamento" e prática de "preços abusivos".

Em evento em Sergipe, ele defendeu que as taxas de retorno dos investimentos das distribuidoras de gás do Brasil devem ser compatíveis com o risco do negócio, considerado baixo.

"Infelizmente uma Corte do Gás loteou o Brasil como se as regiões fossem capitanias hereditárias, criaram ilhas do gás, com preços abusivos que levaram o setor a uma espiral da morte", avaliou o ministro de Minas e Energia.

Silveira declarou também que o País não vai "se curvar" aos interesses daqueles que, segundo ele, lotearam o setor de gás no Brasil.

Uma queda nos preços seria possível com um trabalho de ajuste em toda a cadeia de produção, avalia. Um estudo da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) já apontou ser possível reduzir em 25% o preço do gás natural no Brasil.

Isto ocorreria a partir de uma nova regulação na atividade de escoamento e nas estações de tratamento. Pelo estudo apresentado em abril, o gás natural no Brasil sai da "boca do poço" (produtores) no preço de US$ 2,86 por milhão BTU (unidades térmicas britânicas).

Este valor dá um salto para US$ 9,22 por milhão de BTU quando passa pelas unidades de escoamento e processamento de Gás Natural (UPGN). O preço da Petrobras para as distribuidoras é de aproximadamente US$ 12,08 por milhão de BTU.

Veja também

Petrobras anuncia volta ao setor de etanol
NEGÓCIOS

Petrobras anuncia volta ao setor de etanol

Cerca de 30 mil candidatos negros voltam a disputar vagas no CNU
CONCURSO PÚBLICO

Cerca de 30 mil candidatos negros voltam a disputar vagas no CNU

Newsletter