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Silveira diz que Conselho da Petrobras deve considerar "necessidades da Fazenda" sobre os dividendos

Na última sexta-feira, o Conselho de Administração da companhia definiu em reunião pela liberação do pagamento de 50% dos dividendos extraordinários

Ministro de Minas e Energia, Alexandre SilveiraMinistro de Minas e Energia, Alexandre Silveira - Foto: Joédson Alves/Agência Brasil

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou que o Conselho da Petrobras preciso considerar “as necessidades da Fazenda” na hora de decidir sobre a distribuição dos dividendos extraordinários da estatal.

A expectativa é que a proposta seja votada na Assembleia Geral Extraordinária (AGE), marcada para a próxima quinta-feira (25).

"Está em discussão no conselho, há elementos novos, a diretoria apresentou melhoria da oxigenação financeira da empresa a partir, naturalmente, do aumento do preço do Brent e do dólar. Isso vai ser considerado" disse.

"Tem que ser considerado sempre também, apesar da sua governança e da sua natureza jurídica que nós todos conhecemos e da autonomia do conselho, tem que ser considerado ouvir, pelo menos pelos conselheiros da União, a questão econômica e as necessidades fazendárias para poder se considerar e tomar uma decisão final sobre a distribuição de dividendos" afirmou.

Questionado sobre a orientação para distribuir apenas 50% dos dividendos, e não a totalidade, Silveira disse que não houve nenhuma sugestão do governo neste sentido.

"Não vamos chamar de orientação. É natural, e até aconteceu isso de fato, que mesmo os conselheiros sendo indicados pela União, naquela decisão final muitos conselheiros decidiram se abster" disse.

"Portanto, há uma tendência que haja, neste momento de melhoria de quadro da empresa, uma avaliação mais pormenorizada por parte do conselho. Mas vamos guardar a ansiedade para ver a resposta final do conselho, que deve se dar nesta semana" falou.

Na última sexta-feira, o Conselho de Administração da Petrobras definiu em reunião pela liberação do pagamento de 50% dos dividendos extraordinários que haviam sido retidos em sua totalidade.

Indagado sobre a permanência de Jean Paul Prates na presidência da Petrobras, Silveira disse que a decisão cabe somente ao presidente Lula (PT).

"Todo cargo de confiança, inclusive o meu, deve estar sempre à disposição do presidente da República. Ele que decide quem sai e quem entra."

Relembre o impasse
O conselho da Petrobras decidiu em março por reter o pagamento dos dividendos extraordinários. A diretoria da companhia presidida por Jean Paul Prates. defendia o pagamento de 50% do valor. Mas o governo determinou que todo o dividendo extraordinário ficasse no fundo de reserva.

A tese de retenção de 100% dos dividendos extras era também defendida pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silvia, demais representantes do ministério e a conselheira representante dos empregados.

Eles defendiam a retenção do dinheiro para melhorar as condições da empresa de obter empréstimos para investimentos. Já os acionistas minoritários queriam a distribuição total.

O impasse gerou uma crise na Petrobras que levou Prates a um processo de fritura no Palácio do Planalto, que chegou a avaliar outro nome para o cargo. Após a interferência do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), Prates conseguiu se manter no comando da estatal.

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