Sindaçúcar/PE promove palestra sobre descarbonização com foco nos potenciais da cana-de-açúcar
A palestra técnica foi realizada pelo consultor em energias, Raul Bandeira Fernandes, e coordenada pelo presidente do Sindaçúcar/PE, Renato Cunha
O Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool no Estado de Pernambuco (Sindaçúcar/PE) promoveu, na última segunda-feira (6), a palestra sobre transição energética na nova ordem internacional da descarbonização. A palestra técnica foi realizada pelo consultor em energias, Raul Bandeira Fernandes, e coordenada pelo presidente do Sindaçúcar/PE, Renato Cunha, no auditório da entidade, no Centro do Recife.
“A palestra abordou um dos grandes desafios deste milênio, que é exatamente a descarbonização. O consultor Raul Fernandes conhece muito o mercado de biocombustíveis, a parte de geração de energia a partir da cana-de-açúcar, as agroenergias, e atua também em outros segmentos do mundo das energias”, frisou Renato Cunha.
Entre os presentes estavam o empresário Eduardo de Queiroz Monteiro, presidente do Grupo EQM, do qual faz parte a Folha de Pernambuco; associados e a equipe do sindicato, além do diretor Oziel Alves, de Inovação e Tecnologia do Senai Pernambuco.
A palestra teve como foco os potenciais e mensurações da indústria da cana-de-açúcar no Estado, notadamente em Combustível Sustentável de Aviação (SAF), Biometano e Co2, Etileno, e-metanol, entre outros.
“Pernambuco sempre tem sido um player frequente na inovação agroindustrial dos derivados da cana-de-açúcar, inclusive na química verde que aqui teve grande protagonismo também na era da Coperbo. Nossas usinas geram e injetam bioeletricidade da biomassa nas redes e estão sempre em busca da descarbonização, notadamente na rota da mitigação do efeito estufa”, afirmou Cunha.
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Ainda de acordo com o presidente, a palestra teve por objetivo, sobretudo, mensurar os potenciais das empresas para que elas possam se adequar ao novo cenário. “Um dos exemplos que chama bem a atenção dos empresários é o fato de Pernambuco ter um grande hub no Aeroporto dos Guararapes, com grande consumo de combustíveis”, destacou.
Atualmente, o Aeroporto Internacional do Recife/Guararapes, localizado no bairro da Imbiribeira, na Zona Sul da capital pernambucana, é o quarto consumidor de Querosene de Aviação (QAV) do Brasil. Segundo Renato, a tendência é que o QAV seja substituído pelo Combustível Sustentável de Aviação (SAF).
“Nós temos a produção de etanol e temos também um mercado de consumo muito consolidado através do Aeroporto dos Guararapes. Consequentemente, nós iremos trabalhar esse assunto tecnicamente, internamente nas usinas e também com o Governo Federal, inclusive procurando mostrar ao Governo Federal esses potenciais de nosso Estado”, acrescentou.