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Situação de Guedes fica enfraquecida, diz Doria após demissões na Economia

Ele afirmou que os secretários que pediram demissão são responsáveis e entendem que "é um gesto de irresponsabilidade fiscal romper o teto de gastos"

Governador de São Paulo, João Doria (PSDB)Governador de São Paulo, João Doria (PSDB) - Foto: Governo do Estado de São Paulo

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou, nesta quinta (21), que a situação de Paulo Guedes no Ministério da Economia fica enfraquecida após quatro secretários da pasta terem pedido demissão.

A debandada foi motivada pela manobra patrocinada pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) para driblar a regra constitucional do teto de gastos.

"Eu não quero ser agente da discórdia nem agente contra o ministro Paulo Guedes, mas ele fica enfraquecido evidentemente, diante de uma posição que não tem anuência majoritária do Congresso Nacional e onde ele perde colaboradores do seu próprio ministério", disse.

"Esse governo, ao meu ver, acaba muito antes da sua própria conclusão", disse.

Doria também declarou que o governo Bolsonaro é irracional e rompeu o pacto federativo com os governadores.


Ele afirmou que os secretários que pediram demissão são responsáveis e entendem que "é um gesto de irresponsabilidade fiscal romper o teto de gastos".

Doria afirmou que as demissões "são fruto da irresponsabilidade". "Irresponsabilidade fiscal, institucional e com o país", disse.

O governador paulista afirmou que, para justificar o auxílio emergencial, o governo federal deveria ter feito reformas para reduzir despesas e o tamanho do estado.

"Olha a situação do Brasil, recebendo crítica de investidores internacionais. Refletindo no aumento da cotação do dólar, refletindo na bolsa e refletindo na confiança de investidores", afirmou.

"Que governo é esse que não consegue governar nem a economia, nem a saúde, nem a educação, nem o meio ambiente?", questionou o tucano.

O governador paulista também comentou a reunião entre o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), e outros governadores para tratar de mudanças no ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) sobre combustíveis.

"Diante de um governo que não tem credibilidade, que quer emparedar governadores, que quer pregar no peito dos governadores a responsabilidade pelo aumento de combustíveis, não há condição adequada, serena e equilibrada para falar de ICMS."

O governador afirmou que a má administração de Bolsonaro, com instabilidade política e no dólar, acaba influenciando o preço do combustível no Brasil.

Doria participou, na noite desta quinta, do evento Infra Brazil GRI, que reúne empresários do setor de infraestrutura.

Em seu discurso, Doria também criticou o governo Bolsonaro e listou programas e medidas do seu governo, espacialmente as privatizações de estatais.

O governador gaúcho Eduardo Leite (PSDB) também participou do evento. Aos empresários ele afirmou que o país agora enfrenta uma "pandemia econômica" em referência aos erros de Bolsonaro no combate ao Covid.

"A inflação não é uma gripezinha. Furar o teto é tão eficaz quanto a cloroquina. Os pobres sofrerão mais. Dólar subindo, inflação em alta, pressão na curva de juros e perspectivas até de recessão para 2022. Estão lançando o Brasil na pandemia econômica", disse.

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