TECNOLOGIA

SpaceX adia lançamento de missão que prevê primeira caminhada espacial privada

Problema técnico jogou nova data para a madrugada desta quarta-feira

Foguete Falcon 9 é responsávl pela missão Polaris DownFoguete Falcon 9 é responsávl pela missão Polaris Down - Foto: Divulgação

A SpaceX adiou, nessa segunda-feira, o lançamento de uma desafiante expedição orbital que poderá marcar um novo marco na exploração espacial, incluindo a primeira caminhada espacial de uma missão privada.

A missão Polaris Dawn, organizada pelo bilionário norte-americano Jared Isaacman, estava prevista para decolar na manhã desta terça-feira do Centro Espacial Kennedy, da agência espacial americana (Nasa), na Flórida, mas o lançamento foi adiado para a madrugada de quarta-feira, devido a um problema técnico.

“As equipes estão examinando mais de perto um vazamento de hélio no nível do solo”, escreveu a empresa de Elon Musk no X. O hélio é um gás não inflamável usado para pressurizar linhas de combustível.

 

A empresa observou que existem oportunidades adicionais de lançamento na mesma quarta ou quinta-feira.

Na ponta de um foguete Falcon 9, a cápsula Dragon da SpaceX deverá atingir uma altitude máxima de 1.400km, a maior distância para uma missão tripulada em quase meio século, desde as missões lunares Apollo.

Isaacman, no comando da missão, guiará os integrantes da equipe em direção ao seu objetivo principal: a primeira caminhada espacial não governamental da história, que será equipada com os novos trajes desenvolvidos pela SpaceX para uso extraveicular chamados EVA.

- Esta será uma missão superemocionante - disse o magnata, CEO e fundador da empresa SpaceX, Elon Musk.

Durante a caminhada espacial, prevista para o terceiro dia da missão, a tripulação utilizará EVAs de última geração, equipados com head-up displays, câmeras de capacete e sistemas avançados de mobilidade articular para sair da espaçonave dois a dois. Cada um passará de 15 a 20 minutos no espaço.

Junto com Isaacman, a tripulação é o piloto Scott Poteet, tenente-coronel aposentado da Força Aérea dos EUA; Sarah Gillis, engenheira especialista em operações espaciais da SpaceX; e a médica Anna Menon, também engenheira de operações espaciais da empresa.

A tripulação do Polaris Dawn também fará quase 40 experimentos para aprender mais sobre o comportamento da saúde humana durante viagens espaciais de longa duração.

Zona de alta radiação
Os tripulantes estão em treinamento há mais de dois anos para a missão histórica, com centenas de horas em simuladores, sessões de paraquedismo, treinamento em câmara de centrífuga, mergulho e até escalada ao topo de um vulcão no Equador.

Espera-se que Polaris Dawn seja a primeira de três missões do programa Polaris, produto de uma colaboração entre Isaacman, fundador da empresa de tecnologia Shift4 Payments, e a SpaceX.

“A ideia é desenvolver e testar novas tecnologias e operações para promover a visão central da SpaceX, de permitir que a humanidade viaje para as estrelas”, disse Isaacman numa recente conferência de imprensa.

O empresário não quis revelar quanto dinheiro investiu no projeto, embora relatos afirmem que ele pagou quase US$ 200 milhões à empresa de Musk pela missão Inspiration4, em setembro de 2021, a primeira missão orbital totalmente civil.

O Polaris Dawn atingirá a altitude máxima em seu primeiro dia, aventurando-se brevemente no cinturão de radiação de Van Allen, região carregada de partículas de alta energia que podem causar problemas de saúde aos humanos expostos por longos períodos.

A tripulação irá orbitar quase três vezes mais alto que a Estação Espacial Internacional, embora bem abaixo do recorde de distância de quase 399 mil quilômetros, estabelecido pela tripulação da Apollo 13 em 1970.

A missão Polaris Dawn deverá ser concluída após seis dias no espaço e retornar à Terra na costa da Flórida.

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