Stellantis anuncia investimento de R$ 14 bi em Betim, maior montante do ciclo até 2030
No mês passado, a montadora já tinha anunciado R$ 13 bilhões em investimentos na fábrica de Goiana, no norte de Pernambuco
A Stellantis anunciou nesta segunda-feira, 20, que vai investir R$ 14 bilhões na fábrica que produz carros da Fiat em Betim (MG), o maior valor dentro do ciclo de investimentos de R$ 30 bilhões no Brasil entre 2025 e 2030. O anúncio aconteceu em encontro no polo automotivo com o governador mineiro, Romeu Zema.
No mês passado, a montadora já tinha anunciado R$ 13 bilhões em investimentos na fábrica de Goiana, no norte de Pernambuco, onde são produzidas hoje as picapes Toro, da Fiat, e Rampage, da Ram, além de três utilitários esportivos da marca Jeep: Commander, Compass e Renegade.
Com isso, falta detalhar apenas o destino de R$ 3 bilhões do novo ciclo de investimentos, anunciado como o maior da história da indústria automotiva no Brasil. A montadora não revelou se todo o valor remanescente será investido na fábrica de carros da marca francesa Citroën em Porto Real, no sul do Rio de Janeiro.
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Os investimentos em Betim envolvem, além da renovação dos modelos, a expansão da capacidade de produção de motores, de 750 mil para 1,1 milhão de unidades por ano. Foram investidos R$ 454 milhões na ampliação da fábrica de motores.
Segundo informou dez dias atrás o ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, a montadora habilitou no Mover, o programa de apoio às montadoras, um projeto para importar uma linha de motores desativada em outro país. Esse tipo de operação conta com benefícios fiscais do Mover. O objetivo é trazer ao Brasil linhas de montadoras que estão substituindo equipamentos para a produção de carros elétricos.
Conforme a Stellantis, serão produzidos em Betim motores flex - ou seja, que funcionam tanto com etanol quanto com gasolina - de alta eficiência e baixa emissão. Os propulsores serão associados aos motores elétricos dos carros híbridos que a Stellantis pretende lançar a partir do segundo semestre.
No total, o ciclo de investimentos prevê o lançamento de 40 novos modelos, entre a atualização de veículos da linha atual e carros completamente novos, e a implementação de plataformas que permitirão a produção tanto de automóveis convencionais, movidos a gasolina ou a etanol, quanto híbridos ou puramente elétricos.