Logo Folha de Pernambuco

Brasil

STF julga nesta semana revisão da vida toda do INSS e "pauta verde"; veja o que está em jogo

Incidência de PIS/Cofins sobre aluguel de bens móveis também pode ser analisada

Plenário do STFPlenário do STF - Foto: Antonio Augusto/SCO/STF

O Supremo Tribunal Federal (STF) colocou em pauta para esta semana o julgamento de um recurso contra a decisão que autorizou a chamada revisão da vida toda de benefícios e aposentadorias concedidos pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

A análise desse recurso começou ano passado no plenário virtual da Corte. Na ocasião, três ministros defenderam que o julgamento deveria ser reiniciado no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Entretanto, a análise foi interrompida e levada para o plenário físico. O caso está na pauta de quarta-feira.

O que é a revisão da vida toda
Em 2022, o plenário do STF decidiu que a “revisão da vida toda” é constitucional. Isso significa que todas as contribuições previdenciárias feitas ao INSS pelos trabalhadores antes de julho de 1994 podem ser consideradas no cálculo das aposentadorias, o que pode aumentar os rendimentos de parte dos aposentados. Agora, o que está em pauta é um recurso apresentado pelo INSS contra a decisão.

O relator é o ministro Alexandre de Moraes. Em 2023, ele atendeu a um pedido do INSS e suspendeu todos os processos que tratam da revisão da vida toda até que seja concluída a análise do recurso. Isso aconteceu porque diversas pessoas estavam entrando com pedidos de revisão dos benefícios, e em alguns casos já tinham decisões favoráveis.

A revisão da vida toda é o segundo item da pauta de quarta e pode ser analisada também na quinta-feira.

 

Pauta verde
O primeiro item da pauta de quarta-feira é a continuação da discussão da chamada “pauta verde”, um conjunto de cinco processos que exigem medidas efetivas do governo brasileiro no combate ao desmatamento ilegal da Amazônia e do Pantanal e o e combate a incêndios nessas regiões.

As ações retornaram à pauta em 29 de fevereiro. No último julgamento, em 14 de março, os ministros decidiram que deve ser feito um plano governamental para preservação da Amazônia. Agora, será analisado o caso do Pantanal.

PIS/Cofins
O Supremo também deve julgar uma ação que discute a incidência de PIS/Cofins sobre as receitas de locação de bens móveis. O impacto do processo, que tramita desde 2011 na Corte, é estimado em R$ 20,2 bilhões pela Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2024.

A União argumenta que a receita da locação de bens móveis está dentro do conceito de faturamento, portanto, está suscetível à incidência de PIS/Cofins. Na contramão, os contribuintes apontam que o conceito de faturamento é restrito à venda de mercadorias e a prestações de serviços, e não deve incluir receitas de locação.

O caso começou a ser julgado pelo Supremo em 2020, de forma virtual, mas foi a plenário após pedido de destaque do ministro Luiz Fux.

Quebra da coisa julgada
Os ministros também podem voltar a julgar recurso dos contribuintes contra a decisão do próprio STF que trata da "quebra" da coisa julgada.

Na prática, o STF decidiu em 2023 que sentenças definitivas podem ser "quebradas", ou revistas, para que seja aplicado um entendimento posterior da Corte, quando ela o manifestar. Ou seja, uma decisão de instância inferior, mesmo definitiva pode ser revista caso o entendimento posterior do STF sobre aquele tema seja divergente. Contribuintes pediram, em recurso, que os ministros voltassem atrás da decisão e impedissem cobranças retroativas de tributos. Seis ministros votaram contra o pedido, formando maioria, mas o julgamento foi suspenso por um pedido de vista do ministro Dias Toffoli.

Veja também

Governo bloqueia R$ 6 bilhões do Orçamento de 2024
Orçamento de 2024

Governo Federal bloqueia R$ 6 bilhões do Orçamento de 2024

Wall Street fecha em alta com Dow Jones atingindo novo recorde
Bolsa de Nova York

Wall Street fecha em alta com Dow Jones atingindo novo recorde

Newsletter