Suape garante financiamento de R$ 6,4 milhões para pesquisa e produção de hidrogênio verde
O projeto de Suape consiste na implementação de uma plataforma propulsora do hidrogênio verde (H²V) com desenvolvimento tecnológico
O Complexo Industrial Portuário de Suape teve projeto selecionado pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e a CTG Brasil com foco em hidrogênio verde (H²V), para impulsionar soluções inovadoras e gerar negócios na região.
O projeto de Suape consiste na implementação de uma plataforma propulsora do hidrogênio verde (H²V) com desenvolvimento tecnológico de iniciativas relacionadas ao fluxo de múltiplos usos, como importante vetor para acelerar a descarbonização de distritos industriais.
O território do complexo será usado como laboratório para a implementação das inovações capazes de orquestrar o processo produtivo de geração e o consumo de energia limpa por parte das empresas instaladas, buscando a neutralidade de carbono no território.
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Denominado “Distrito Industrial Verde”, o programa de Suape foi classificado em primeiro lugar entre os 31 apresentados à chamada e contará com financiamento que pode chegar a R$ 6,4 milhões para implementação dos processos, num prazo de três anos.
Também foram selecionados os projetos Produção e Armazenamento de Energia Solar em H2 e Aplicações em Mobilidade, da Equatorial Energia S.A.; e Conversor CC-CC Multiportas e Sistema IoT Inteligente de Gestão de Energias, da Fundação Parque Tecnológico Itaipu – Brasil.
Essa estratégia tem como pontos de destaque o mapeamento e a indicação do potencial mercado consumidor de hidrogênio verde em distritos industriais sustentáveis, a começar pelo Porto de Suape.
“A integração das empresas do complexo nesta plataforma é um outro elemento fundamental para o sucesso do programa, fomentando o consumo de H²V por meio de uma planta piloto de geração do combustível limpo em Suape para testes e homologação de funcionalidades”, comenta o diretor de Meio Ambiente e Sustentabilidade de Suape, Carlos Cavalcanti.
O processo de desenvolvimento será capitaneado pelo Instituto Senai de Inovação para Tecnologias da Informação e Comunicação (ISI-TICs), em parceria com três empresas que já atuam com o mercado de energia elétrica – Sinapsis, Eidee e Way2 – e com o ISI Energias Renováveis.
Entenda o que é o hidrogênio verde
Com alto potencial para geração de energia sem emissão de gás carbônico, o hidrogênio verde é obtido a partir da usina de eletrólise, que separa o oxigênio e o hidrogênio da água. É chamado de verde porque a unidade que o produz funciona a partir de fontes de energia 100% renováveis.
O H²V é insumo para muitas indústrias, principalmente no continente europeu, já existindo até como combustível para veículos. Também é usado para produzir amônia, um dos principais fertilizantes para o agronegócio, do qual o Brasil é um importante produtor mundial. O hidrogênio verde tem sido apontado mundialmente como um insumo de alto valor agregado por ter grande potencial para gerar energia sem a necessidade de emissão de gás carbônico.
O setor industrial global já vem utilizando o H2V, que é obtido utilizando água, a partir do processo de eletrólise que separa o hidrogênio do oxigênio. O Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) do Brasil, em fevereiro deste ano, apontou o hidrogênio como um dos temas prioritários para pesquisa e desenvolvimento no país, visando à aplicação de recursos publicamente orientados.