Suape vai revisar seu plano diretor para 2030
Nesta quarta (10) e quinta-feira (11), serão realizadas oficinas participativas com a sociedade
Novos projetos e negócios estão surgindo no Complexo Industrial Portuário de Suape. Para receber esses investimentos, Suape precisa preparar toda sua infraestrutura, incluindo logística, economia e todos os cenários necessários. Por isso, o ancoradouro vai realizar a revisão do seu planejamento, o Plano Diretor Suape 2030. O documento tem por objetivo revisitar todo o planejamento físico-territorial e estratégico da estatal frente às novas demandas de mercado e aos desafios impostos pelo atual cenário econômico. A expectativa é que o novo plano seja concluído em até 15 meses.
Nesta quarta (10) e quinta-feira (11), no auditório do centro administrativo da empresa, serão realizadas oficinas participativas para apresentação da etapa de diagnóstico do plano. Essa é uma das fases para a revisão. O consórcio formado pelas empresas TPF e Ceplan será responsável pelo desenvolvimento de estudos técnicos multidisciplinares, elaboração da revisão e atualização do plano. O investimento total do projeto é de R$ 6,8 milhões, preço vencedor da licitação.
Nos dois dias de oficinas, serão ouvidos representantes que compõem o complexo, moradores de comunidades vizinhas, empresários e órgãos estratégicos. Para o diretor-presidente de Suape, Roberto Gusmão, ouvir os agentes atuantes no território é imprescindível para a definição de estratégias e ações que permitam a consolidação e desenvolvimento participativo na atualização do Plano Diretor de Suape.
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“É essencial para promover o desenvolvimento sustentável do complexo, para compatibilizar, no seu território, o desenvolvimento econômico, à conservação integrada do patrimônio ambiental e cultural, com equidade social”, pontuou Gusmão.
Entre os novos projetos que estão previstos para Suape, está a implantação de uma planta de hidrogênio verde para a produção independente de energia elétrica a partir de fontes alternativas. O projeto é da empresa Qair Brasil, de origem francesa. Além disso, haverá investimento para a construção de um ramal ferroviário e um terminal de minério de ferro.
O plano será fundamental para preparar toda a infraestrutura para esses projetos, como o deslocamento dos trabalhadores na construção da ferrovia e o espaço onde será estruturada a planta de hidrogênio verde.
“Empresários, operadores portuários, órgãos e comunidades são convidados para participar dessa oficina e tomar conhecimento do que foi levantado na fase de diagnóstico. A revisão do plano é gerada a partir de novos cenários, a economia está muito dinâmica, novos players são apresentados em Suape, e precisamos acompanhar”, destacou o diretor de Planejamento e Gestão de Suape, Francisco Martins.