Taxas de juros operam em queda, em sintonia com dólar e juros dos Treasuries
O DI para janeiro de 2026 projetava 11,470%, ante 11,542%. E a taxa do DI para janeiro de 2027 era de 11,46%, de 11,55%
As taxas de juros negociadas no mercado futuro operam em queda nesta segunda-feira, 12, com baixas em toda a extensão da curva, mas concentradas principalmente nos trechos intermediários e longos. A queda é menor nos vencimentos curtos, uma vez que persistem apostas em alta da taxa Selic neste ano.
As referências para a queda hoje, segundo analistas, estão no enfraquecimento do dólar e dos juros dos Treasuries, com reforço extra na acomodação de alguns parâmetros mostrados no relatório Focus, do Banco Central.
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No documento, por exemplo, a estimativa de inflação do IPCA para 2025 teve uma sutil queda, mas foi a primeira desde março.
Para o estrategista e sócio da JF Investimentos, Eduardo Velho, o ambiente mais calmo no exterior favorece o alívio na curva, levando em conta também o discurso mais duro do Banco Central desde a semana passada, que favorece a queda das taxas longas.
"O Banco Central vai manter esse discurso hawkish até pelo menos a próxima reunião de política monetária, porque viu que a inflação do IPCA ficou acima do padrão sazonal", disse Velho, que acredita na manutenção da taxa Selic até o final do ano, se o dólar não voltar ao repique de dias atrás.
Às 11h05, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2025, que espelha as estimativas para os próximos passos da política monetária, tinha taxa de 10,715%, contra 10,745% do ajuste de sexta-feira.
O DI para janeiro de 2026 projetava 11,470%, ante 11,542%. E a taxa do DI para janeiro de 2027 era de 11,46%, de 11,55%.