Governo Federal

Tebet diz que nova regra fiscal é 'bala de bronze' e reforma tributária, 'bala de prata' do governo

Ministra participa de audiência com o grupo de trabalho que discute alterações nas regras dos impostos do país

Simone Tebet Simone Tebet  - Foto: Evaristo Sá/AFP

A ministra do Planejamento, Simone Tebet, afirmou que o novo arcabouço fiscal, anunciado pelo governo é a "bala de bronze", representa o dever de casa que o Executivo precisa fazer para dar credibilidade necessária à condução da politica econômica e permitir que os juros comecem a cair. Já a reforma tributária, segundo ela, é a "bala de prata" para reduzir no custo das empresas, gerar empregos e fazer o país voltar a crescer.

— A reforma tributária é a única bala de prata. Eu diria que o arcabouco fiscal é a bala de bronze, o dever de casa dentro do Executivo para dar credibilidade necessária e permitir que os juros comecem a cair — afirmou a ministra durante audiência no grupo de trabalho que discute a reforma tributária na Câmara.

Tebet afirmou que a reforma ideial é a " possível" e defendeu a criação de um fundo de compensação para estados e muncípios por eventuais perdas, com duração de 20 anos. A ministra também defendeu a revisão dos benefícios e incentivos fiscais concedidos ao longo do tempo, lembrando que eles representam uma renúncia de R$ 400 bilhões.

Ela destacou que o sistema tributário brasileiro gerou diversas distorções e uma sonegaçao que chega a R$ 500 bilhões. A ministra disse que precisaria apenas de 20% para zerar o déficit fiscal em 2024.

— Essa complexidade e burocracia gera uma sonegação de R$ 500 bilhões. Só preciso de 20% disso para comprovar que no ano que vem a gente zere o déficit fiscal - disse a ministra.

O coordenador do grupo de trabalho, Reginaldo Lopes (PT-MG), destacou que a reforma tributária será necessária para dar sustentabilidade ao novo arcabouço fiscal.

Logo na abertura dos trabalhos, os integrantes da audiência foram surpreendidos pela manisfestação dos metroviários contra a privatização do metrô de Belo Horizonte. Eles portavam cartazes e chamaram o presidente Luiz Inácio Lula da Silva de "traidor".

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