Logo Folha de Pernambuco

BRASIL

Tebet prevê déficit de até R$ 30 bilhões em 2024 "na pior das hipóteses"

Ministra reforça posição do governo em busca zerar déficit fiscal no primeiro ano esperado de vigência do novo arcabouço fiscal

Simone Tebet Simone Tebet  - Foto: Rafa Neddermeyer / EBC

A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, apresentou nesta quarta-feira (12) uma estimativa de saldo negativo nas contas públicas em até R$ 30 bilhões para 2024. Segundo ela, essa é a estimativa mais conservadora e o governo ainda aposta em zerar o déficit fiscal no ano que vem.

Na prática, esse dado reflete a diferença entre receitas e despesas do setor público, antes do pagamento dos juros da dívida pública.

O compromisso estabelecido para 2024 foi na seguinte banda: na avaliação mais otimista o governo terá superávit de 0,25 do PIB; no centro da banda haverá déficit zerado; no cenário menos otimista, haverá saldo negativo em 0,25 do PIB. Em valor nominal, essa déficit estaria entre R$ 25 bilhões a R$ 30 bilhões.

— Nós já saímos, esse ano, da (projeção) de 2% negativos para 1% negativo. E passar de déficit de 1% para 0% (no ano que vem), vai ser possível. Na pior das hipóteses, nós não fechamos o número, mas estaremos dentro da banda, que é 0,25% e vai dar menos R$ 25 bilhões e R$ 30 bilhões — analisa a ministra, em entrevista à GloboNews, na manhã desta quarta-feira.
 

Para o compromisso de zerar o déficit ser atingido, segundo Tebet, a equipe econômica do governo tem “cartas na manga” - em referência às medidas de ajuste fiscal que estão sendo encabeçadas pela Fazenda. O ministro Fernando Haddad vem reafirmando o objetivo de reduzir, por exemplo, os chamados gastos tributários - que representam custos indiretos ao governo com exceções ao sistema tributário. Ou seja, o governo arrecada menos com essas exceções.

— Temos projeções conservadoras, temos que trabalhar com números conversadores. Mas nós sabemos que o ministro Haddad tem algumas cartas na manga. Eu sei pelo menos três, que aumentariam a receita, sem aumentar impostos — diz a ministra, sem detalhar as medidas.

Outro indicador mencionado por Tebet, com reflexo positivo nas contas públicas, é uma maior estimativa de crescimento econômico (acima de 2% para 2023) - que repercute em alta da receita no governo, que passa a arrecadar mais. A redução da taxa básica de juros - que diminui o custo do pagamento da dívida pública - também vai contribuir para esse cenário, segundo ela.

Veja também

Tendências do Setor Automotivo no Brasil: o que esperar em 2025?
FMotors

Tendências do Setor Automotivo no Brasil: o que esperar em 2025?

Temporada de feriados nos EUA tem vendas acima do esperado, segundo Mastercard
VENDAS

Temporada de feriados nos EUA tem vendas acima do esperado, segundo Mastercard

Newsletter