Tebet: resultado do PIB é "notícia boa" e governo quer "gesto positivo" do Banco Central
O presidente Lula, integrantes do governo e aliados do presidente estão recorrentemente criticando a taxa de juros definida pelo Banco Central, hoje em 13,75%
A ministra do Planejamento, Simone Tebet, disse nesta quinta-feira o resultado do PIB de 2022 foi um a “notícia boa”. Ela afirmou que o governo espera o que chamou de "sinal positivo" do Banco Central na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que define a taxa básica de juros. O encontro do BC para discutir a Selic está marcado para os dias 21 e 22 deste mês.
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É um somatório para mostrar que estamos fazendo dever de casa com o PIB, apesar de ser do ano passado, se mostrou positivo a ponto de podermos estar num diálogo com o Banco Central e com o Copom, mostrando que a inflação não é por demanda. Tivemos crescimento acima das expectativas e estamos fazendo o dever de casa. Consequentemente é possível um gesto, não queremos nenhuma generosidade, mas um gesto positivo a favor do Brasil na próxima reunião do Copom, disse a ministra.
Na quarta-feira (1º), Tebet afirmou que o governo está fazendo um “esforço concentrado” para mostrar ao BC que é possível reduzir os juros no país. A ministra defendeu ainda que a inflação não é de demanda e que o governo tenta mostrar segurança jurídica, previsibilidade e estabilidade.
A economia brasileira cresceu 2,9% em 2022, mas o Produto Interno Bruto (PIB, conjunto de bens e serviços produzidos pelo país) caiu no último trimestre, segundo dados divulgados pelo IBGE nesta quinta-feira. Em 2021, ano seguinte ao baque provocado pela pandemia de Covid, o PIB havia avançado 5%. O resultado do PIB em 2022 veio acima das expectativas. Analistas previam em média uma alta de 2,2%.
O presidente Lula, integrantes do governo e aliados do presidente estão recorrentemente criticando a taxa de juros definida pelo Banco Central, hoje em 13,75%.
O líder do governo na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE), disse que os dados da economia estão dentro do planejado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
Eu acho que o ministro Haddad está muito seguro das medidas que está tomando, combinando a responsabilidade social com a responsabilidade fiscal.