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Economia

Tecnologia é solução para varejo na pandemia

A tecnologia é a maior aliada dos varejistas nesse momento em que e preciso se reinventar para sobreviver

César SouzaCésar Souza - Foto: Divulgação

A imposição da quarentena e o fechamento da maior parte do comércio está causando profunda transformação no varejo. O momento traz desafios complexos em um cenário sem precedentes. Nesse contexto, ter organização financeira e administrativa, conhecer o cliente e se fazer presente no seu dia a dia é essencial. Além disso, em situações extremas, é preciso se reinventar e buscar novos caminhos para passar melhor em meio à turbulência. Nesse sentido, a tecnologia é a maior aliada dos varejistas.

"Os líderes dessa área precisam agir com velocidade e sair do lugar comum.Iniciativas simples e foco em servir aos clientes já podem abrir campo para mudar os rumos do negócio. Também é preciso, mais do que nunca, considerar que a tecnologia não é apenas um recurso adicional, mas sim questão de sobrevivência", comenta César Souza, presidente da Empreenda Consultoria.

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Para Souza, não é possível lidar com a crise causada pela pandemia do coronavírus adotando medidas que deram certo até agora. Por isso, é preciso ter planejamento, criatividade, visão e coragem para testar novos modelos e formas de chegar ao consumidor, pois o maior desafio é se aproximar e estar perto dos clientes, mesmo estando longe. "Nos momentos mais delicados, a sociedade e o mundo empresarial se reinventam e inovam. Os empreendimentos devem buscar novos caminhos com abertura, foco e entusiasmo. Atitude é a chave para passar melhor pelas dificuldades neste momento, bem como para deslanchar na recuperação pós-pandemia", enfatiza.

Segundo Roberto Wik,que é diretor de indústria e varejo da Cognizant para a América Latina, a Covid-19 digitalizou o mundo na velocidade da luz. "Setenta anos depois da revolução da tecnologia da informação,ficou claro no início de 2020 que, embora pensássemos que a tecnologia era grande, a TI havia realmente arranhado a superfície da vida. O vírus acabou com tudo isso", revela Wik. Para ele, antes da pandemia, havia muitas alternativas digitais - seja na saúde tradicional, educação, finanças, varejo. "Mas nós não estávamos tentando, lamentando ‘eles são muito caros’ ou ‘sempre fizemos dessa maneira’. Mas quando a pandemia tomou conta, a necessidade ditou: ‘Supere, vá em frente, acostume-se a isso’, afirma o diretor.

Para ele, a Covid-19 big bang vaporizou as crenças de que determinados trabalhos nunca poderiam ser feitos on-line ou virtualmente. “A lição duradoura do bug? Tudo o que poderia se mover on-line, se moveu on-line”, destaca.

O tema é tão importante que foi tratado em pesquisa divulgada na última semana pela SBVC (Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo). O levantamento trouxe à tona uma radiografia de como andam os investimentos em transformação digital, automação e treinamento dos funcionários que atuam nas empresas do varejo brasileiro. E não foi surpresa quando o estudo identificou aumento de 92% no faturamento das empresas que investiram na transformação digital. “Em momento em que mudança cultural e de comportamento estão vindo à tona com a crise do Covid-19, as empresas estão precisando ser muito ágeis, trabalhar em modelo otimizado, times horizontais, atuar remotamente e usar tecnologia para vencer os desafios e continuar operando ", reforça o presidente da SBVC, Eduardo Terra.

Confira as dicas para o varejo superar os desafios da pandemia:

Cliente no centro: conhecer os clientes já existentes e sentir seus anseios e suas "dores" é fundamental. Como organizar sua logística de forma que a permitir oferecer serviços, comodidade e, consequentemente, surpreender quem consome seus produtos? Pensar soluções passa por entender a alma dos clientes.

Venda online: Na impossibilidade de abrir as portas, busque outros modelos de venda no e-Commerce. Se não puder montar um comércio digital próprio, explore os horizontes abertos pelos marketplaces.

Redes sociais: toda empresa hoje tem que se preocupar em construir presença nas mídias sociais para continuar a divulgar produtos e serviços. Explore o potencial de cada plataforma para aumentar pontos de contato e engajamento com clientes já existentes; e use dados de interesses e geolocalização, entre outros, para se aproximar de novos clientes.

Avalie custos: é muito importante ter custos bem parametrizados para alinhar precificação, definir margem de lucro e saber, de fato, o que pode ser enxuto ou cortado.

Negocie com fornecedores: muitas empresas estão em dívida com fornecedores e eles também estão preocupados em receber. Desta forma, há espaço favorável para renegociar, caso precise ganhar fôlego.

Preserve seus colaboradores: demitir deve ser a última alternativa, pois essa crise vai passar e, quando houver ventos melhores, sua empresa precisará de equipe bem treinada para a retomada do seu negócio.



FONTE: Empreenda Consultoria


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