Teleport divulga resultados de missão que levou grupo de empresários a Macau, na China
Empresa também instalou um hub na cidade que reúne empresas brasileiras interessadas em fechar negócios com os chineses
O grupo pernambucano Teleport, especializado em educação à distância, divulgou, nesta sexta-feira (12), os resultados alcançados com a terceira Missão China 2024.1, inciativa da empresa, que levou uma delegação de empresários brasileiros ao Fórum e Exposição Internacional de Cooperação Ambiental de Macau (MIECF 2024). O evento, realizado de 28 a 30 de março, é um dos principais de tecnologia ambiental da China.
“Das duas outras vezes, a gente foi e não deixou nada lá plantado, digamos assim. Desta vez, a gente voltou, mas deixou lá um cantinho para chamar de nosso”, destacou o CEO do Grupo Teleport, Gildo Neves Baptista. O cantinho ao qual o empresário se refere é o HubBrasilChina (HBC), escritório de negócios para empresas de ambos países, em Macau, na costa meridional chinesa, com baixo custo para os integrantes, uma vez que se trata de um espaço coletivo que funciona numa espécie de sistema de coworking.
Já estão instaladas no hub a própria Teleport, o Banco de Crédito de Carbono, a Dispor Energia e a empresa de microcrédito para mulheres Ella. Ao chegar lá, os empresários brasileiros também descobriram que a China está investindo em um hub, o LAC Hub, na cidade de Zhuhai, que estabelecerá uma plataforma de cooperação econômica e comercial entre a China e a América Latina e que deverá ser inaugurado dentro de um ano.
O hub está comprometido em fornecer serviços completos de cadeia única, como negócios, comércio, vendas, compras, logística, finanças, informações e cooperação de mercado, fornecer serviços de cadeia completa para que os produtos agrícolas, pecuários e pesqueiros de países latino-americanos entrem no mercado chinês e, ao mesmo tempo, oferecer também uma gama completa de serviços para que os excelentes produtos de manufatura da China entrem no mercado latino-americano.
Baptista adianta que o hub chinês não concorre com o brasileiro porque o que foi implantado lá com empresas daqui funciona como uma porta de entrada para fechamento de negócios com aquele mercado. Já a ideia do LAC Hub é fazer com que as empresas brasileiras que entraram lá permaneçam por conta dos incentivos, infraestrutura e financiamentos que serão oferecidos, estimulando-as a fecharem negócios com eles.
“Eles estão precisando muito. É um lugar pequeno, mas com 100 milhões de habitantes, por isso construíram esse hub para atrair empresas de fora, no caso da América Latina. Eles querem atrair empresas que já têm operação lá. Eles têm um porto seco, que é tax free. Se você exportar qualquer coisa daqui para lá ou quer vender e distribuir por lá, terá o local físico com seu galpão”, esclarece o empresário.