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TECNOLOGIA

Tendências em inteligência artificial prometem tornar tecnologia mais segura em 2025; entenda

Eles pretendem proteger interações entre pessoas online e mudar a forma como os usuários se relacionam com a tecnologia

Inteligência Artificial Inteligência Artificial  - Foto: @BrianPenny/Freepik

O que 2025 nos reserva em termos de evolução da inteligência artificial (IA) e de outras tecnologias? Por enquanto, maior presença nas empresas: segundo Statista, plataforma alemã especializada em coleta de dados, 47% das empresas latino-americanas incorporaram ativamente a IA em suas operações comerciais. E conceitos como IA, blockchain e criptografia não são mais estranhos ao público geral.

Segundo Carlos Ánge l, Gerente Regional da Tools For Humanity, existem três tendências que em 2025 mudarão a forma como nos relacionamos com a tecnologia:

Mais interação híbrida entre pessoas e máquinas
“As linhas entre humanos e máquinas estão cada vez mais confusas em setores-chave como atendimento ao cliente, vendas, marketing e recrutamento. Isto resulta num aumento das interações híbridas”, afirma Ángel, referindo-se aos momentos em que uma IA trabalha em paralelo com as pessoas, como é o caso de chatbots como ChatGPT ou Gemini: o verdadeiro assistente que trabalha lado a lado conosco. “Essas interações não só melhoram a eficiência das organizações, mas também abrem novas possibilidades de personalização do atendimento ao cliente e dos processos de contratação”, observa o executivo.

 

Embora a IA seja capaz de otimizar e acelerar muitos processos, os humanos continuarão a ser essenciais na liderança destas interações híbridas. A empatia, o julgamento ético e a criatividade continuarão a ser capacidades humanas cruciais que as máquinas não serão capazes de replicar plenamente.

“A colaboração entre humanos e máquinas está a redefinir a produtividade e a eficiência alcançáveis nas organizações, mas devemos garantir que esta sinergia esteja ancorada na autenticidade e na transparência”, destaca Ángel.

Testes de humanidade, a contrapartida essencial da IA
O teste de humanidade é um processo destinado a verificar se um estoque ou conta digital pertence a um ser humano real, único e vivo, em vez de um bot, IA ou sistema automatizado. Há alguns anos, esta ideia parecia supérflua, mas isto mudou nos últimos anos: “Os bots alimentados por IA não são necessariamente maus, mas podem ser usados para tudo, desde espalhar desinformação, até phishing e deepfakes. Esses desafios só continuarão a crescer”, alerta Ángel.

Tecnologias à prova de humanidade, como o World ID, já constituem uma ferramenta útil para interações digitais, uma vez que nos permitem determinar se a pessoa que comunica connosco do outro lado do ecrã é, de facto, uma pessoa. “E eles podem ser combinados com outras tecnologias existentes, como Face Auth, para desenvolver ferramentas de alto poder, como Deep Face, para proteção contra deepfakes e outros vetores de fraude”, explica.

Segundo o executivo da Tools For Humanity, a disseminação de ferramentas como o World ID poderá gerar uma nova era digital; com prova de humanidade oferecendo um padrão global que garante a autenticidade humana em um mundo onde a inteligência artificial continuará a evoluir e será capaz de se comportar cada vez mais como um ser humano.

Ressurgimento de ecossistemas exclusivamente humanos
“A era das comunidades peer-to-peer está ressurgindo, impulsionada por testes biocriptográficos de humanidade que demonstram que uma pessoa é real e única em ambientes online”, alerta o documento Tools for Humanity. Num mundo onde a automação e os bots são cada vez mais comuns, estes testes garantem que as interações são autênticas e que apenas humanos podem participar em determinados espaços virtuais. “Este fenômeno está revitalizando ecossistemas onde a confiança e a autenticidade são fundamentais para a interação”.

O que esta tecnologia permite é que as pessoas recuperem o controlo das suas interações digitais, distinguindo entre bots e pessoas. “A confiança não é um dado adquirido, mas é constantemente validada”, afirma Ángel: “isto dá-nos a oportunidade de saber que estamos em contacto com outras pessoas em espaços concebidos exclusivamente para a interação humana; como aplicativos de namoro ou compra de ingressos para shows, por exemplo.”

Isto também tem um impacto profundo na acessibilidade e na inclusão: é importante que a inovação chegue a todas as pessoas, permitindo que cada indivíduo participe de forma segura e confiável num ambiente digital – alerta o documento Tools for Humanity. “A missão é criar um espaço onde as pessoas possam se conectar, comunicar e crescer sem interferência do uso de tecnologias automatizadas ou fraudulentas.”

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