Teto dos juros do consignado do INSS cai para 1,84% ao mês
Medida pelo Conselho Nacional de Previdência Social, nesta quarta-feira, com o voto contrário dos bancos. Taxa do cartão consignado também caiu para 2,73% ao mês
O Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS) aprovou, nesta quarta em reunião extraordinária, a redução do teto de juros do empréstimo consignado dos aposentados do INSS de 1,91% ao mês para 1,84% ao mês. Na modalidade de cartão de crédito, a taxa passou de 2,83% para 2,73% ao mês.
Segundo o Ministério da Previdência, a novas taxas acompanham o corte na taxa Selic pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC). O único voto contrário às reduções foi do representante do setor financeiro.
O colegiado tem representantes do governo, dos trabalhadores, aposentadores e empregadores (comércio, indústria e setor financeiro).
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Os bancos propuseram congelar os juros atuais até o fim deste mês, quando ocorre a próxima reunião do Copom. Mas foram voto vencido.
A Selic chegou a 12,75% ao ano, após dois cortes seguidos, no início de agosto e em meados de setembro. O plano do ministro da Previdência, Carlos Lupi, é reduzir os juros do consignado no compasso da Selic.
Antes mesmo do início da trajetória de queda na Selic, o CNPS aprovou proposta de Lupi e reduziu o teto de juros 2,14% para 1,70% ao mês, os bancos reagiram e suspenderam a linha. Depois da intervenção de outras áreas de governo, a taxa ficou em 1,97%.
Após o primeiro corte na Selic, o CNPS cortou novamente o teto para 1,91%, patamar atual.
O setor financeiro, alega que os custos de captação subiram por causa da volatilidade do mercado. Pela proposta dos bancos, o teto deve ser vinculado aos juros futuros. Segundo a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), a medida terá impactos negativos, com redução da oferta dessa modalidade de crédito, uma das mais baratas do mercado.