Logo Folha de Pernambuco

Economia

TGI traça os cenários para 2020

As perspectivas para a economia global foram traçadas na apresentação da 21ª edição da Agenda TGI, que reuniu líderes do mundo empresarial e político do Estado

Francisco Cunha, sócio fundador da TGIFrancisco Cunha, sócio fundador da TGI - Foto: Arthur de Souza/Folha de Pernambuco

Os possíveis cenários para economia mundial, brasileira e pernambucana no próximo ano nortearam a 21ª edição da Agenda TGI, promovida pela TGI Consultoria, nesta segunda-feira, no teatro RioMar. Com palestra do sócio e consultor da TGI, Francisco Cunha, o encontro também contou com a apresentação do ranking da competitividade dos estados em 2019, que traz Pernambuco na 17ª colocação, feita pelo Centro de Liderança Pública (CLP), e entrega do “Quem faz algo mais por Pernambuco”. Nesta edição, a Sicredi Pernambucred, HSBS Informática e Colégio Equipe foram contempladas pelas melhores práticas de enfrentamento da crise.

Presente ao evento, o presidente do Grupo EQM, Eduardo de Queiroz Monteiro, fez questão de ressaltar a sensibilidade apresentada por essa edição da Agenda TGI. "A solidariedade humana foi representada na apresentação do 'Amigos do Bem'. Um trabalho notável, feito nas áreas mais carentes do Nordeste. Movimento social importante, que merece destaque", contou. "Pudemos ouvir também uma avaliação do poder público, dos Estados, da Federação, no que diz respeito a rigidez fiscal e a capacidade, no atual ambiente econômico, para atração de investimentos", completou.

Leia também:
TGI apresenta projeções econômicas para 2019
TGI apresenta a Agenda 2019 

Outro trecho destacado por Monteiro foi com relação a palestra de Francisco Cunha. "Ele terminou de uma forma extraordinária", garantiu. "O Francisco (Cunha) terminou dizendo que: 'no que pese todos os desafios, a gente tem de preservar a solidariedade, a diversidade e o respeito ao próximo'. Essa mensagem foi notável e bastante animadora, para que a gente veja o ano de 2020 de uma mandeira mais generosa e mais otimista."

Segundo Francisco Cunha, do ponto de vista internacional, a economia deve sentir o impacto da indefinição sobre a saída da Inglaterra do Reino Unido (Brexit), que pode impactar a economia europeia no próximo ano. Já do lado da América, Cunha destaca a continuidade do crescimento da economia norte-americana, que deve se manter em alta em 2020. Contudo, ele afirma que esse cenário não deve ser permanente. “A economia capitalista vive de picos e os EUA está há muito tempo no ápice do crescimento, o que pode indicar que o desaquecimento não tende a permanecer”, analisa Cunha.

Para o Brasil, embora o andamento das agendas reformistas e da queda de juros e inflação, a recuperação econômica ainda será bastante acanhada. “Isso é resultado da brutal recessão que o País enfrentou em 2015 e 2016 e do cenário de crise fiscal sistêmica (União, estados e municípios) que traz consequências sérias para a capacidade de investimento do setor público, elevando as desigualdades sociais. Isso tudo em um cenário de crescimento da dívida pública que chegou a R$ 4 trilhões, bem próxima aos 80% do PIB”, diz o consultor.

No cenário estadual, mesmo com as contas de Pernambuco, assim como nos grandes outros estados, impactadas pela grave crise fiscal, a estimativa de Cunha é que o Estado consiga manter uma retomada do PIB em trajetória superior à brasileira. “Em 2020, o Estado deve manter um crescimento levemente superior ao crescimento do País, mas com a persistência da crise fiscal severa continuará com dificuldades na liberação de recursos para novos investimentos”, prevê Francisco Cunha.

Assim como em todas as edições, a Agenda TGI reuniu as principais lideranças do mundo empresarial e político de Pernambuco. Anotados por lá o prefeito do Recife, Geraldo Júlio, e os secretários de Desenvolvimento Econômico do Estado, Bruno Schwambach, e de Planejamento, Alexandre Rebêlo. 

Veja também

Nomeados 122 novos profissionais para a educação em Pernambuco
PERNAMBUCO

Nomeados 122 novos profissionais para a educação em Pernambuco

Petróleo pode cair de US$ 5 a US$ 9 em 2025 com grande oferta e problemas da demanda
PETRÓLEO

Petróleo pode cair de US$ 5 a US$ 9 em 2025 com grande oferta e problemas da demanda

Newsletter