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Transnístria, na Moldávia, implementa cortes de energia devido à interrupção do fornecimento de gás

O dirigente do território disse que mais de 3 mil residências já foram privadas de luz e eletricidade por incidentes causados pela sobrecarga da rede elétrica

Brasão de armas da Transnístria na capital Tiraspol.Brasão de armas da Transnístria na capital Tiraspol. - Foto: Sergei Gapon / AFP

A Transnístria, um território separatista pró-russo na Moldávia, anunciou cortes de eletricidade à noite, nesta sexta-feira (3), para a população devido à interrupção do fornecimento de gás russo, vital para seus habitantes.

Este pequeno território de meio milhão de habitantes, que escapou do controle da capital da Moldávia, Chisinau, desde a queda da URSS, fechou muitas empresas industriais nesta quinta-feira devido à falta de eletricidade.

O dirigente do território, Vadim Krasnoselski, disse que mais de 3 mil residências já foram privadas de luz e eletricidade por incidentes causados pela sobrecarga da rede elétrica.

No dia anterior, as autoridades ficaram alarmadas com uma “grave crise” com consequências “irreversíveis” depois que o fornecimento de gás russo para a Transnístria foi cortado na quarta-feira, no contexto da disputa financeira entre a Rússia e a Moldávia.

Até então, a Gazprom abastecia a Transnístria por meio da empresa local Tiraspoltransgaz, mas esta não pagava pelas entregas.

Como a Transnístria não é reconhecida pela comunidade internacional, a entidade secessionista enviou exigências de pagamento ao governo da Moldávia, aumentando a dívida da Moldávia com a Gazprom.

A Rússia também interrompeu o fornecimento de gás para a União Europeia via Ucrânia, após o fim do contrato de trânsito assinado entre as partes no final de 2019, que a Ucrânia se recusou a renovar.

Esta interrupção preocupa muito vários países do leste Europeu, como a Eslováquia.

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