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Turismo em excesso entra na mira de Bali. Ilha quer proibir novos hotéis por dois anos

Governo local da província da Indonésia estuda impor restrição temporária À construção de novas hospedagens e discotecas

BaliBali - Foto: @wirestock/Freepik

Após Nova York e várias cidades na Europa, como Atenas, Lisboa e Veneza, adotarem medidas para amenizar o impacto negativo do excesso de turistas, o governo provincial de Bali, na Indonésia, está propondo uma proibição temporária na construção de novos hotéis, vilas, discotecas e beach clubs para desacelerar o ritmo desenfreado da expansão dos terrenos e a superlotação na ilha, de acordo a agência de notícias estatal da Indonésia, Antara.

A moratória teria a duração de até dois anos e abrangeria as áreas turísticas mais densamente povoadas de Bali, incluindo Canggu, Seminyak, Uluwatu e Ubud, informou a Antara, citando o governador interino Sang Made Mahendra Jaya.

O plano foi submetido ao Ministério Coordenador de Assuntos Marítimos e Investimentos, que respondeu positivamente à ideia, acrescentou o governante.

BaliBali - Foto @EyeEm/Freepik

Segundo Mahendra Jaya, extensas áreas de campos de arroz em Bali foram transformadas em terrenos comerciais, muitas vezes sem as aprovações necessárias do governo provincial. As vendas não regulamentadas de álcool também pioraram o comportamento desordeiro e o crime na ilha, afirmou ele.

Atualmente, crescem os esforços de cidades em diversos países para conter os efeitos do turismo de massa.

No último fim de semana, o primeiro-ministro da Grécia, Kyriakos Mitsotakis, anunciou que o governo está "muito preocupado" com o fluxo de passageiros de cruzeiros em determinados meses do ano e que começará a cobrar taxas, que ''podem chegar a € 20 durante a alta temporada”.

Além disso, um imposto relacionado à crise climática que incide sobre as acomodações será aumentado.
 

A Itália, por sua vez, está considerando um significativo aumento nas taxas cobradas de turistas estrangeiros, com valores que podem chegar a € 25 por noite em hotéis de alto padrão, segundo o jornal Financial Times. O objetivo é aumentar a arrecadação de cidades que enfrentam dificuldades financeiras e promover um turismo mais "responsável", diante do excesso de turistas no país.

E mais: autoridades romanas já falam em cobrar ingresso para chegar perto da Fontana di Trevi, uma das mais concorridas atrações da capital italiana. Através de um sistema eletrônico, o visitante precisaria reservar um horário específico para visitar a mais famosa entre as mais de duas mil fontes espalhadas pela cidade.

De acordo com o projeto que vem sendo discutido pelas autoridades, o ingresso custaria € 1 para os visitantes e seria de graça para os romanos. O objetivo, portanto, não seria arrecadar mais fundos, e sim reduzir o número de pessoas em volta do monumento.

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