Universo dos games invade o Recife
Base gaming será instalado na capital pernambucana com investimento na ordem de R$ 2,5 milhões
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Salários que podem chegar a até 50 mil dólares por ano. Contratos firmados com times do mundo todo. Fama internacional. Isso tudo antes dos 20 anos. Esse é o universo dos gamers profissionais formado por jovens, em sua grande maioria, que mostram aptidão para jogos específicos, tais como Fifa e League of Legends, por exemplo. E é de olho nesse universo que Recife recebe um empreendimento inédito que, apesar da pandemia, está gerando um investimento de R$ 2,5 milhões: o Base Gaming.
Reunindo nove atividades ao mesmo tempo, o Base vai ser mais do que um espaço para jogadores amadores, semiprofissionais ou profissionais. A proposta, segundo o empreendedor, Leonardo Fontes, é que o local também funcione para o desenvolvimento de carreiras, além de outras utilidades que vão atrair o público que não está envolvido diretamente com o mundo dos games. Previsto para começar a operar em abril, no Pina, o espaço contará com arena central para eventos, 4 salas de grupos com 5 computadores cada, 1 arena com 5 playstations, 1 estúdio para streaming e fotografia, 2 salas de streaming, 1 sala de podcast e 2 salas de reuniões.
“Influenciadores ou outros profissionais que precisam de um espaço para realizar lives, empresas que quiserem realizar reuniões em um local diferente, entre outros tipos de consumidores também poderão ser nossos clientes”, explica Fontes – mostrando o potencial de expansão do Base. Além disso, os usuários ainda encontrarão no espaço assistência técnica, venda de insumos e área gastronômica.
O empreendedor explica que a expectativa inicial é que o Base receba cerca de 4 mil pessoas por mês que, entre todos os serviços ofertados, gastem, em média R$ 55. “O equipamento em si é uma das etapas de um projeto que envolve esse montante a ser investido. Nossa expectativa é sermos a maior referência gamer do Norte/Nordeste e retomarmos esse valor em apenas 10 meses”, conta ele.
CARREIRAS - Um dos pontos fortes desse trabalho, sem dúvida, será o gerenciamento de carreiras de quem já está neste universo e de nomes que poderão surgir no próprio dia a dia do espaço. Fontes explica que, para ter uma boa estrutura de game em casa, jogadores semiprofissionais ou profissionais precisam investir em torno de R$ 20 mil – o que inclui computador, cadeira, estrutura física.
“No Base, vamos cobrir essas necessidades e, todo dia, teremos um peneirão. Estaremos sempre de olho nas promessas que podem aparecer”, avisa Fontes – que já tem realizado um trabalho desse com o caruaruense Paulo Neto, 19 anos, um dos melhores do mundo no Fifa e que há três anos, faz parte do time americano Atlanta United.
“O universo gamer está se expandindo e já temos atletas com destaque internacional. No entanto, é preciso que muitos outros tenham a oportunidade de mostrar seu talento e se desenvolver profissionalmente. No Base, eles vão ter contato, por exemplo, com uma estrutura de evento e entender como funcionam os campeonatos”, analisa Neto. Ele conta que, quando começou sua carreira – aos 13 anos, disputando o campeonato pernambucano – jogava as classificatórias na sala de casa, com uma TV e uma cadeira nada apropriada. “A estrutura que será oferecida vai ajudar no desenvolvimento dos atletas”, avisa.