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NOVO CEO

Vale: novo presidente deve ter 'sensibilidade' para fechar acordo sobre Mariana, diz ministro

Segundo Silveira, gestão da empresa deve prezar pela prevenção para que novas tragédias não aconteçam novamente

Tragédia de MarianaTragédia de Mariana - Foto: Antonio Cruz/ AgÊncia Brasil

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O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse nesta quarta-feira que o novo presidente da Vale, Gustavo Pimenta, deve ter sensibilidade para solucionar o acordo sobre o desastre ambiental em Mariana (MG).

Segundo Silveira, o acordo sobre a tragédia que aconteceu em novembro de 2015 é uma prioridade para o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

— Espero que, por ser mineiro, tenha a sensibilidade humana para entender as necessidades de a gente solucionar rapidamente, já que o governo tem uma clareza de que seja necessário fazer o acordo — disse na chegada ao evento Diálogo G20 - Transições Energéticas, em Brasília.

— Ela (a Vale) tem obrigações sociais relevantes com a nação brasileira. Nós seremos rigorosos na cobrança dos interesses do povo brasileiro com relação ao setor mineral.

Atual vice presidente executivo de Finanças e Relações com Investidores da Vale, Gustavo Pimenta foi anunciado como novo presidente da empresa na noite desta segunda-feira. O executivo foi escolhido por unanimidade pelo Conselho de Administração da companhia após meses de indefinição sobre a sucessão.

O acordo sobre a tragédia de Mariana, no qual o executivo já trabalha, poderá ficar em R$ 140 bilhões — divididos com a BHP Billiton, sócia da Vale na Samarco, dona da barragem que se rompeu em 2015, e subtraídos do que já foi investido pelas companhias.

Gustavo Pimenta é eleito novo CEO da Vale Gustavo Pimenta é eleito o novo CEO da Vale - Foto: Reprodução Linkedin

Inicialmente, o presidente Lula tentou interferir no processo de sucessão da Vale, lançando o nome do ex-ministro da Fazenda Guido Mantega para o comando da empresa, mas diante da repercussão negativa do mercado, o nome não vingou.

Outros nomes próximos ao PT, como Rogério Caffarelli, ex-presidente do BB, chegaram a ser cogitados, mas também foram à diante, diante da postura da própria empresa, com respaldo dos acionistas em abrir um processo de escolha com vários executivos no páreo.

— A empresa resolveu dentro da sua governança, e eu sempre disse que estava muito ansioso porque a Vale estava acéfala, agora não — afirmou Silveira nesta quarta.

O ministro ainda destacou que a nova gestão da Vale deve priorizar pela segurança e sustentabilidade em suas atividades, para que acidentes como os que ocorreram em Mariana e Brumadinho não ocorram novamente.

— O que nós queremos do setor mineral do país é que ele seja seguro para a população, para que não ocorra o que aconteceu em Mariana e Brumadinho, e que seja sustentável, ou seja, que respeite dentro do maior rigor a legislação ambiental pátria.

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