Vale refuta discurso de Lula sobre falta de indenização em tragédia de Brumadinho
Lula declarou que não houve, da parte da Vale, o pagamento da indenização pelos danos sociais e ambientais causados
A mineradora Vale, por meio de nota, contestou a manifestação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre o desastre de Brumadinho.
Nesta quarta-feira, 19, durante a cerimônia de posse da presidente da Petrobras, Magda Chambriard, Lula declarou que não houve, da parte da empresa, o pagamento da indenização pelos danos sociais e ambientais causados.
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"Desde Mariana e Brumadinho, com o desastre das barragens, até hoje não foi paga a indenização daquele povo que está esperando uma casa e o ressarcimento do estrago", disse o presidente em seu discurso, na quarta.
Em relação ao rompimento da barragem B1, em Brumadinho, a Vale afirmou que 16.394 pessoas fecharam acordos de indenização cíveis e trabalhistas desde 2019. Em valores, segundo a empresa, foram pagos R$ 3,7 bilhões, em dados atualizados.
Com base em levantamento da Fundação Renova, a mineradora menciona que foram destinados R$ 37 bilhões para ações de reparação e compensação. Nesse montante, a empresa alega que estão inclusos o pagamento de indenizações e auxílios emergenciais.
Tragédias
No caso de Brumadinho (MG), em janeiro de 2019 ocorreu o rompimento da Barragem I do Complexo Paraopeba II, de propriedade da Vale. O primeiro rompimento afetou outras duas da mina Córrego do Feijão.
Já em relação ao município de Mariana (MG), em novembro de 2015 ocorreu o rompimento da barragem de Fundão, no Complexo Industrial de Germano, sob a gestão da Samarco Mineração. A empresa é controlada pela Vale e pela mineradora anglo-australiana BHP Billinton.