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Economia

Venda da Amil pode gerar até R$ 20 bi para UnitedHealth; operação fracionada é o mais provável

Dasa e Rede D'Or são consideradas favoritas pelo banco para aquisição

Fachada Amil Fachada Amil  - Foto: Reprodução/Site Amil

A venda da Amil pela UnitedHealth Brasil pode levantar entre R$ 15 bilhões e R$ 20 bilhões. Esses são os cálculos do Bank of American Merrill Lynch (BofA) considerando que a operadora tem cerca de três milhões de usuários e que os hospitais da United contam com 2,5 mil leitos.

Segundo fontes disseram ao GLOBO, a United pediu para o banco BTG avaliar potenciais compradores para todas as suas operações no Brasil, que inclui, além da Amil, uma rede de hospitais e clínicas médicas.

Os cálculos do banco levam em consideração o histórico de transações com hospitais semelhantes e que foram vendidos de R$ 2 milhões a R$4 milhões, cada leito.
 

A carteira dos planos de saúde é precificada entre R$ 2 mil e R$ 3 mil por beneficiário. Os analistas do Bofa, Fred Mendes, Gustavo Tiseo e Mirela Oliveira traçaram alguns cenários possíveis para a venda da Amil. O primeiro deles é baseado na divisão dos ativos, tanto a operadora quanto hospitais, para dois ou mais compradores.

“Para Rede D'Or e Dasa, acreditamos que essa possibilidade faz mais sentido, pois elas adquiririam os ativos hospitalares e um possível segundo player como a SulAmerica ou mesmo o Bradesco adquiririam os beneficiários”, escreveram no relatório.

Para eles, essa opção não só reduziria o montante de caixa gasto na potencial aquisição, mas também resolveria um possível problema futuro para Dasa e Rede D'Or, que seria o de competir no mercado de planos de saúde, prejudicando as atuais parcerias com algumas operadoras.

O segundo cenário, tido como mais remoto, seria o da compra do ativo por um único operador. Os os analistas destaca que a possibilidade de venda de todo o ativo para uma grande seguradora é remota devido à dimensão da potencial aquisição ser no segmento de planos de saúde, com rentabilidade limitada.

“A primeira opção, em nossa opinião, é potencialmente mais provável, com a Dasa sendo o participante do mercado que ficaria com os hospitais e os beneficiários sendo vendidos para outro player como SulAmerica ou Bradesco Saúde, conforme mencionado na imprensa”, destacam os analistas.

Para os analistas do Bofa esse argumento é reforçado pela proximidade da Dasa (dona da rede Ímpar, controlada pela família Bueno, fundadora da Amil) com a UnitedHealth. Além disso, eles ressaltam que a Rede D’Or pode ter dificuldades com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) devido à sua presença em praças onde a Amil atua.

A Rede D’Or rem cerca de 52% dos seus leitos hospitalares de alto padrão no Rio de Janeiro, cita o relatório.

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