Vendas de cimento têm alta de 7,5% em fevereiro ante mesmo mês de 2024, afirma sindicato
A venda por dia útil foi de 232,1 mil toneladas
As vendas de cimento em fevereiro deste ano somaram 5,1 milhões de toneladas, um crescimento de 7,5% em relação ao mesmo mês de 2024, de acordo com o Sindicato Nacional da Indústria de Cimento (SNIC). No acumulado dos dois primeiros meses do ano, o setor apresentou alta de 6,4% em relação ao mesmo período do ano passado.
A venda por dia útil - indicador que considera o número de dias trabalhados - foi de 232,1 mil toneladas, um aumento de 2,7% em relação ao mesmo mês do ano anterior e uma alta de 4,1% em relação ao acumulado no ano.
Para a entidade, as principais razões para o desempenho foram o mercado de trabalho ainda aquecido, com expansão do emprego formal, e aumento da massa salarial e do Produto Interno Bruto (PIB), além do desempenho do mercado imobiliário. As vendas e os lançamentos de novos imóveis seguiram em expansão, ainda segundo o Snic, impulsionadas principalmente pelo programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV).
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No entanto, o sindicato observa que a falta de mão de obra e os aumentos dos custos já afetam negativamente a confiança do setor da construção, segundo dados da Fundação Getulio Vargas (FGV), que caiu para o pior nível desde março de 2022. A preocupação das empresas do setor com a redução da disponibilidade de crédito via SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo) e FGTS também prejudicam o indicador de confiança.
A mesma percepção de pessimismo foi observada pelo consumidor, que pela terceira vez consecutiva manteve-se menos confiante frente à piora da inflação de alimentos. A indústria, por sua vez, também segue cautelosa, também de acordo com dados da FGV.
Mesmo diante desse cenário desafiador, a indústria brasileira de cimento segue moderadamente otimista, segundo SNIC, com a espera de um melhor desempenho do Programa de Aceleração de Crescimento (PAC) e o avanço no uso do pavimento de concreto e obras do programa Minha Casa, Minha Vida.