Varejo

Vendas do varejo aumentam 0,5% em outubro no Estado, puxadas pelos artigos farmacêuticos

Vendas do comércio varejista aumentam 0,5% em outubro no Estado

Artigos farmacêuticos alavancaram as vendas do comércio varejista em PernambucoArtigos farmacêuticos alavancaram as vendas do comércio varejista em Pernambuco - Foto: Pixabay

pós queda de 3,3% em setembro, as vendas do comércio varejista registraram discreto crescimento em outubro (0,5%), de acordo com a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgada pelo IBGE.  O desempenho é inferior à média nacional, de 0,9%, mas supera em 6,5 pontos percentuais o nível pré-pandemia.

Quando se compara a variação do mês de outubro no comércio varejista com o mesmo período do ano passado, Pernambuco apresenta alta de 7,9%, enquanto a média nacional foi de 8,3%. Esses resultados, no primeiro momento, surpreendem devido ao contexto pandêmico em que passamos. “A queda da taxa de juros pode ter influenciado nesse resultado. Em 2019, a taxa Selic era de 6% e neste ano foi para 2%. Então algumas pessoas que ainda têm acesso ao crédito conseguem dividir no cartão a juros menores”, explicou o educador financeiro Rudá Ramos.

Já na variação acumulada dos últimos 12 meses, o país teve índice positivo de 1,3%. Em Pernambuco, ao contrário, o resultado foi negativo: -0,6%. A Black Friday, em novembro, e as festas de fim de ano devem ajudar o índice a ficar positivo no Estado. “A gente está vendo que muita gente fez campanha pesada na Black Friday para poder reter clientes. Está todo mundo se desdobrando na área empreendedora para potencializar receita. Então acredito que vai sair um saldo positivo em relação ao restante da pandemia, mas acredito que ainda não vá bater o desempenho do ano passado”, afirmou Rudá Ramos.

Das 13 atividades pesquisadas, a que teve maior alta foi a venda de artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos, cujo crescimento foi de 26,7% em relação ao mesmo mês do ano anterior. Em seguida, vieram os eletrodomésticos, com 18,9%. O mesmo setor também ostenta os maiores índices no acumulado do ano (38,5%) e no acumulado dos últimos 12 meses (34,2%). Por outro lado, a maior queda foi registrada no setor de livros, jornais, revistas e papelarias, com redução de -50,8%.

“A queda para as pessoas que trabalham em papelarias e até para quem investe no setor, principalmente educacional, acabam sendo bastante prejudicados com isso. O crescimento farmacêutico deixa claro que a sociedade tem tido uma preocupação com a área de saúde, muita gente buscando uma saúde adequada em um momento de pandemia. O aumento nas vendas de eletrodomésticos também é interessante, pois mostra que as pessoas estão passando mais tempo em casa e valorizando ficar mais em casa, buscando o bem-estar”, analisou Rudá Ramos.

Outro destaque de outubro foi o setor de artigos de uso pessoal e doméstico, cuja alta foi de 13%. A venda de material de construção, que tinha liderado as vendas do comércio varejista ampliado em setembro, desta vez ficou na sexta posição, com alta de 9,6%. Já o setor de vestuário teve um avanço de 1,2%.

Além dos artigos de papelaria, apenas mais um setor registrou queda em outubro: equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação, com -0,5%. 

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