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Volkswagen suspende produção em três fábricas no Brasil por causa de vendas estagnadas

Paralisações acontecem mesmo após o lançamento do pacote de estímulo do governo federal para aumentar vendas de carros com preços de até R$ 120 mil

Carros popularesCarros populares - Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Em meio ao programa do governo para estimular a venda de carros com preço de até R$ 120 mil com descontos, a Volkswagen anunciou que haverá parada de produção temporária em suas três fábricas de automóveis no país, por conta da "estagnação do mercado". As paralisações servem para ajustar a produção à demanda fraca.

Segundo a montadora, a fábrica de São José dos Pinhais (PR), onde é produzido o T-Cross, está com um turno em layoff (quando os operários têm os contratos de trabalho suspensos temporariamente) desde 5 de junho, com duração prevista entre dois e cinco meses. O outro turno de produção ficará parado apenas esta semana: desde terça-feira, dia 27, até sexta-feira, dia 30, em regime de banco de horas.

A unidade de Taubaté (SP), onde são fabricados o Polo Track e o Novo Polo, também ficará com os dois turnos de produção interrompidos nesta semana: desde terça-feira, dia 27, até sexta, dia 30, também em regime de banco de horas.

A fábrica Anchieta, em São Bernardo do Campo (SP), onde são produzidos o Novo Virtus, Novo Polo, Nivus e Saveiro, protocolou férias coletivas de dez dias previstas para os seus dois turnos de produção, a partir de 10 de julho.

Segundo a montadora, todas as ferramentas de flexibilização estão previstas em acordo coletivo firmado entre o Sindicato dos Metalúrgicos e os colaboradores da Volkswagen.
 

GM também para
Na terça-feira, dia 27, os metalúrgicos da General Motors, em São José dos Campos (SP), aprovaram o acordo de layoff proposto pela direção da companhia. O layoff pode atingir 1.200 trabalhadores da planta, com duração de até dez meses, a partir de 3 de julho. A medida atingirá operários de todos os setores da empresa, que suspenderá o segundo turno durante o período. De acordo com a GM, o motivo é a queda na venda de veículos.

Mesmo com os estímulos oferecidos pelo governo, através de crédito tributário, as vendas de carros zero quilômetro não têm subido como o esperado. A média diária tem ficado em 6,4 mil unidades, frente as 8 mil unidades vendidas no mesmo período do ano passado.

Especialistas no setor apontam que as locadoras, que respondem por 40% das vendas, paralisaram as compras esperando obter descontos. Mas o governo estendeu o prazo para a compra dos veículos para pessoas físicas por mais 15 dias, adiando a oferta para pessoas jurídicas.

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