Bolsa de Nova York

Wall Street fecha no vermelho após Fed manter taxas de juros

O índice Dow Jones recuou 0,82%, a 38.150,30 pontos, o tecnológico Nasdaq caiu 2,23%

Dólar Dólar  - Foto: Agência Brasil

A Bolsa de Nova York encerrou em queda nesta quarta-feira (31), afetada pelo setor tecnológico, que recebeu com pouco entusiasmo os resultados da Alphabet e da Microsoft, e pelo Federal Reserve (Fed, banco central americano), que esfriou as expectativas de um corte rápido nas taxas de juros.

O índice Dow Jones recuou 0,82%, a 38.150,30 pontos, o tecnológico Nasdaq caiu 2,23%, para 15.164,01, e o amplo S&P 500 perdeu 1,61%, fechando a sessão em 4.845,65.

Wall Street encerra, porém, o mês de janeiro com ganhos mensais, o terceiro consecutivo.

Duas das "sete maravilhas", as gigantescas capitalizações do setor de tecnologia, Microsoft (-2,69%) e Alphabet, a matriz do Google (-7,35%), foram pressionadas por realizações de lucros após a divulgação de seus resultados na terça-feira.

"As perdas dessas empresas não se devem a resultados ou previsões ruins", explicou Patrick O'Hare, da Briefing.com. "Se devem ao fato de as expectativas serem extremamente altas, e essas ações apresentavam enormes ganhos antes de publicarem" seus resultados, disse.

As ações do fabricante de microchips AMD também caíram, em 2,54%, pelo mesmo movimento de realização de lucros, apesar de uma receita melhor do que o esperado e um lucro alinhado com as previsões.

As outras líderes do setor também recuaram: Apple (-1,94%), Amazon (-2,39%) e Meta (-2,48%) fecharam em baixa, antes de divulgarem seus resultados na quinta-feira.

"O Fed adicionou pressão sobre as ações", afirmou Peter Cardillo, da Spartan Capital.

O Federal Reserve manteve, como esperado, suas taxas de referência no intervalo de 5,25-5,50% nesta quarta-feira, mas indicou que precisa de mais "confiança" antes de iniciar um esperado ciclo de cortes.

Seus dirigentes indicaram que não começarão a cortar as taxas sem uma "maior confiança" de que a inflação se mova de forma "sustentável" em direção a sua meta de longo prazo de 2% ao ano, ao mesmo tempo em que reconheceram que há um "melhor equilíbrio" de riscos em termos de inflação e emprego.

"Acreditamos que nossa taxa de política [monetária] provavelmente está no pico para este ciclo de ajuste e que, se a economia se desenvolver no geral conforme esperado, seguramente será apropriado começar a reduzir a restrição [monetária] em algum momento deste ano", disse o presidente do Fed, Jerome Powell, em coletiva de imprensa após a reunião.

Mas Powell "praticamente garantiu que não haverá mudanças nas taxas em março", como o mercado esperava, e "isso foi uma decepção" para os operadores, afirmou Cardillo.

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