bolsa de valores

Wall Street sobe após colapso na segunda-feira

As taxas dos títulos do Tesouro subiam 3,82%, frente ao 3,78% de segunda-feira

Wall Street: A bolsa de Nova York recuperava força nesta terça-feira após o colapso ocorrido na véspera e a forte alta registrada pelo Nikkei em TóquioWall Street: A bolsa de Nova York recuperava força nesta terça-feira após o colapso ocorrido na véspera e a forte alta registrada pelo Nikkei em Tóquio - Foto: Spencer Platt / Getty mages North America/Getty Images via AFP

A bolsa de Nova York recuperava força nesta terça-feira (6) após o colapso ocorrido na véspera e a forte alta registrada pelo Nikkei em Tóquio.

Depois de viver seu pior dia em dois anos, o índice industrial Dow Jones e o S&P 500, das principais empresas, começaram a terça em alta, com ganhos de 0,72% e 0,83%, respectivamente, após as primeiras operações. O índice tecnológico Nasdaq subia 0,46%.

As taxas dos títulos do Tesouro subiam 3,82%, frente ao 3,78% de segunda-feira, nos papéis a 10 anos.

Na segunda-feira, os títulos haviam caído fortemente devido ao receio de uma recessão nos Estados Unidos, após a divulgação, no fim da semana passada, dos dados de emprego na maior economia mundial, o que levou os investidores a buscar a segurança dos papéis da dívida.

O iene, por sua vez, deixou de se valorizar e se estabilizava em 144,48 por dólar.

"Diante do que aconteceu nos mercados globais na segunda-feira, podemos observar hoje (terça-feira) que o iene está mais fraco em relação ao dólar", resumiu Patrick O'Hare, da Briefing.com, para explicar a calma que voltou a Wall Street.

"Em segundo lugar, o Nikkei subiu 10,2% após o colapso de segunda-feira", acrescentou.

Algumas gigantes da bolsa que caíram fortemente na segunda-feira, como Nvidia (-6,36%), Apple (-4,82%) ou Amazon (-4,10%), estavam se recuperando ou se estabilizando devido a compras de oportunidade a bons preços.

O grupo de maquinaria pesada Caterpillar, considerado um termômetro da saúde da economia global, subia 1,55% após apresentar lucros acima do esperado no segundo trimestre do ano, apesar da queda nas vendas.

Sua receita caiu 4% em relação ao mesmo período do ano passado, para 16,7 bilhões de dólares (R$ 94,4 bilhões), e o lucro líquido caiu 8,25%, para 2,68 bilhões (R$ 15,1 bilhões).

Os analistas consultados pela Factset esperavam 16,91 bilhões (R$ 95,6 bilhões) e 2,66 bilhões (R$ 15 bilhões) de dólares, respectivamente.

Segunda-feira de pânico nos mercados 
Na segunda-feira, a bolsa de Nova York desabou em meio a um movimento de pânico que atingiu os mercados globais, devido aos temores de recessão nos Estados Unidos e à valorização do iene.

O índice Dow Jones, em seu pior dia desde 2022, caiu 2,60%. O Nasdaq, em mínimas desde maio, perdeu 3,43%, enquanto o S&P 500 recuou 3%.

Os 30 papéis que compõem o Dow Jones terminaram no vermelho e os 11 setores do S&P 500 também.

O índice VIX, conhecido como "índice do medo" por medir a volatilidade do mercado, subiu durante o dia a um máximo desde março de 2020, quando foi declarada a epidemia de Covid-19.

O mercado avalia se o Federal Reserve (Fed), o banco central americano, espera demais para reduzir suas taxas de juros, depois da divulgação dos dados de emprego nos Estados Unidos, dois dias após o fim de uma reunião que decidiu pela manutenção dos níveis atuais.

O Fed mantém suas taxas de juros em níveis inéditos em mais de duas décadas, entre 5,25% e 5,50%, para esfriar a economia diante de uma inflação elevada. Taxas de juros altas encarecem o crédito e desestimulam o consumo e o investimento, reduzindo assim a pressão sobre os preços.

A taxa de desemprego nos Estados Unidos subiu em julho mais do que o previsto, para 4,3%. É a taxa de desemprego mais alta no país desde outubro de 2021.

Além disso, o aumento das taxas pelo Banco do Japão fez com que os fundos especulativos limitassem o "carry trade" em ienes, um mecanismo que consiste em tomar crédito em moeda japonesa a taxa baixa para investir em ativos de risco, como as ações do Nasdaq.

A manobra consequentemente afetou o mercado acionário, de onde essencialmente saiu dinheiro.

Veja também

Dólar cai para R$ 5,42 e fecha no menor valor em um mês
Dólar

Dólar cai para R$ 5,42 e fecha no menor valor em um mês

Banco Central comunica vazamento de dados de 150 chaves Pix cadastradas na Shopee
Falha no sistema

Banco Central comunica vazamento de dados de 150 chaves Pix cadastradas na Shopee

Newsletter