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Economia

Waze lança serviço de carona no Brasil com preço máximo de R$ 25

Aplicativo se aproxima mais de um BlaBlaCar do que de um Uber Pool, pois é uma viagem compartilhada por duas pessoas que se dirigem ao mesmo local, não uma prestação de serviços.

WazeWaze - Foto: Divulgação

O aplicativo de mapas Waze lançou na manhã desta terça-feira (21), em São Paulo, o Waze Carpool, aplicativo de caronas com preço máximo de R$ 25. O serviço já está disponível para todo o Brasil e permite que pessoas que façam o mesmo trajeto de casa ao trabalho compartilhem um carro.

A cobrança mínima por viagem é de R$ 4 -equivalente a até cinco quilômetros rodados. A partir disso, o valor sobre para R$ 10. A partir 40 quilômetros rodados, há um valor por quilômetro, com máximo de R$ 25. Só é possível pegar ou oferecer duas caronas por dia e o pagamento é feito somente mediante cartão de crédito cadastrado na plataforma.

Neste período inicial, uma promoção permite viagens por R$ 2. Cada novo usuário pode ganhar R$ 30 de bônus por dirigir ou pegar caronas usando o código de amigos que o indicaram para a plataforma. O aplicativo se aproxima mais de um BlaBlaCar do que de um Uber Pool, pois é uma viagem compartilhada por duas pessoas que se dirigem ao mesmo local, não uma prestação de serviços.

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O lançamento no Brasil é estratégico, já que o país é o segundo mercado para o Waze, com 4 milhões de usuários mensais. O brasileiro também está entre os mais rápidos na adoção de novas soluções tecnológicas.  "Precisamos chegar no ponto que, se seu banco do lado está vazio, você é parte do problema; se está cheio, você é parte da solução", afirmou Noam Bardin, presidente do Waze, durante o lançamento.

A marca fechou uma parceria com a Prefeitura de São Paulo. João Octaviano, secretário de Mobilidade e Transportes da cidade, mencionou até uma possível criação de faixa exclusiva para carros que compartilham a corrida no futuro. "Precisamos construir uma matriz de mobilidade mais contemporânea em São Paulo. O cidadão pode decidir se anda a pé, de metrô, de bike compartilhada ou se volta para casa de carona. Precisamos dessa alternativa", afirmou.

Segundo ele, São Paulo é a "cidade onde se marca reunião no congestionamento", e, apesar de a população ter multiplicado 2,4 vezes nos últimos 50 anos, as vias públicas têm praticamente a mesma quilometragem. O diferencial do Carpool para outros serviços "é que o usuário senta na frente, o que permite outro tipo de relação", segundo os executivos.

O modelo de monetização ainda não está desenhado e depende da escala atingida. O Google comprou o Waze em 2013 por cerca de US$ 1,1 bilhão. Seu objetivo em São Paulo é reduzir o congestionamento em até 16%.

Perfis e avaliação de usuários
Cada usuário cria uma conta em que disponibiliza informações sobre trabalho, links para redes sociais, número de caronas fornecidas, telefone privado e detalhes do automóvel. A maior medida de segurança é a verificação do e-mail profissional - apesar de a alternativa ser opcional, então desempregados também podem entrar na plataforma.

Também há filtros de escolha. Um motorista, por exemplo, pode ofertar carona apenas a pessoas do mesmo gênero ou do mesmo local de trabalho. Apesar de haver um sistema de avaliação (como as estrelas de outros aplicativos), não existem critérios como "higiene" e "pontualidade". Para adaptações de endereço e horário, os usuários podem trocar mensagens em um chat.

O Waze testou o aplicativo no Brasil por dois meses com 60 empresas. Foram mais de 40 mil quilômetros de caronas.  A Petrobras está entre as parcerias oficiais do app e deve promover ações de divulgação do serviço. Também incluirá facilidades em seu programa de fidelidade.

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