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WhatsApp GB: conheça os riscos do aplicativo

Aplicativo pirata atrai usuários por recursos que o original não tem, como mais qualidade dos vídeos. Analista alerta para riscos à segurança

Whatsapp GB só funciona se versão original do app já tiver sido instalada no smartphone Whatsapp GB só funciona se versão original do app já tiver sido instalada no smartphone  - Foto: AFP

O WhatsApp GB tem atraído usuários por oferecer uma série de recursos que o original não tem. A versão pirata só funciona em aparelhos já conectados ao aplicativo original. Mas, afinal, o que é o WhatsApp GB?

O que é o WhatsApp GB?
A versão pirata do WhatsApp é uma atualização da versão modificada do aplicativo original da Meta e apresenta recursos como agendamento de mensagens e conexão de mais de um número de telefone ao mesmo perfil.

Também permite esconder o status on-line, compartilhar vídeos e imagens com maior qualidade e disparar mensagens para até 600 contatos simultaneamente, algo que bate de frente com as leis brasileiras feitas para evitar a disseminação de fake news.

Quais os riscos do WhatsApp GB?
A empresa de Zuckerberg alerta que o app traz riscos à segurança e que não existe outra versão do aplicativo a não ser a oficial (WhatsApp Messenger ou WhatsApp Business). Diz ainda que o Whatsapp GB foi desenvolvido por terceiros e que viola os Termos de Serviço da companhia.

WhatsApp GB apresenta riscos à segurança
"O WhatsApp não é compatível com esses aplicativos porque não podemos validar as medidas de segurança implementadas por eles," disse a companhia em nota.

E esclareceu que o banimento de usuários do aplicativo oficial não foi uma ordem direta da holding, a Meta, mas resultado do trabalho constante do sistema de integridade da própria plataforma.

Especialistas também alertam para os riscos de baixar apps piratas. De acordo com Fabio Assolini, analista sênior de segurança da Kaspersky, os aplicativos desenvolvidos por empresas são regulados e devem atender às normas de segurança e privacidade do usuário. São vendidos em lojas oficiais como a Play Store e a Apple Store.

Já os "alternativos” são feitos por usuários. Uma vez feito o download do app, a chance de o aparelho receber códigos maliciosos e vírus é grande. Outra ameaça é a captação e exposição de dados pessoais de quem os utiliza.

"Para instalar esse tipo de app, é necessário desinstalar recursos de segurança que protegem o smartphone, como desbloquear os aparelhos e habilitar downloads fora das lojas oficiais, o que deixa o aplicativo sensível a falhas de segurança" afirma Assolini.

E completa:

"Não é uma empresa que está por trás dos dados e, sim, usuários. Não é incomum ouvir casos de pessoas que instalaram este tipo de cliente alternativo e perderam as contas do Facebook e Instagram, por exemplo" cita o especialista.

Esforço para tirar cópias de apps do ar
Por este motivo, há um esforço das empresas em tirar esses apps do ar. O Instagram e o Facebook também já desabilitaram contas que fizeram uso desses aplicativos.

Christian Perrone, Head de Direito e Tecnologia e GovTech do Instituto de Tecnologia e Sociedade (ITS), explica que as lojas de aplicativos não são meros intermediários na instalação dos apps, mas são essenciais para garantir um “padrão mínimo de qualidade” para o usuário.

"Vemos uma série de aplicativos sendo retirados dessas lojas justamente porque eles não atendem padrões mínimos que as lojas determinam. Elas possuem uma auditoria prévia que garante também uma continuidade do monitoramento das plataformas, permitindo que o usuário denuncie erros. É a diferença entre pegar carona na rua e chamar um carro de aplicativo. Nos dois casos um estranho irá dirigir, mas nos apps, você tem o respaldo de uma empresa" compara Perrone.

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