Woven City: saiba quem serão os primeiros moradores da "cidade futurista" construída pela Toyota
Território funcionará como laboratório para tecnologias como a direção automatizada, a robótica e a inteligência artificial
Desenvolvida para ser uma nova cidade totalmente conectada no Japão, a Woven City, da Toyota, teve sua primeira fase concluída em outubro de 2024 e anunciada nesta semana. O território funcionará como laboratório para tecnologias do futuro, como a direção automatizada, a robótica e a inteligência artificial.
A montadora japonesa lançou em 2021 o ambicioso projeto futurista aos pés do Monte Fuji, no Japão. A construção, apresentada pela empresa em 2020, foi finalizada em outubro do ano passado, e os primeiros moradores devem começar a ocupar o território experimental ainda em 2025.
Até o fim deste ano, aproximadamente 100 funcionários da Toyota e da unidade de negócios Woven Planet — conhecida agora como Woven By Toyota (WbyT) — começarão a se mudar com suas famílias, junto com cinco empresas parceiras iniciais.
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Em 2021, os pesquisadores anunciaram o planejamento do espaço como um teste de seus produtos, primeiro com 360 habitantes e depois com 2 mil, nas fases seguintes, quando o projeto for ampliado.
O nascimento da cidade inteligente — no terreno de 175 hectares onde ficava uma fábrica da Toyota que fechou em 2020 — é parte da estratégia da montadora japonesa para desenvolver novas tecnologias à medida que as mudanças nas regulamentações e nos gostos dos consumidores continuam empurrando a indústria automotiva mundial em direção a um maior respeito pelo meio ambiente, eficiência e automação.
Segundo a Forbes, o conceito de "woven" — "tecido", na tradução para o português — está ligado à ideia de entrelaçar novas tecnologias e ideias em um ecossistema funcional e sustentável. Além disso, reforça a conexão histórica da Toyota com os teares automáticos, que marcaram seu início antes de se tornar uma fabricante de automóveis.
A Toyota apresentou o projeto de "laboratório vivo" em janeiro de 2020 na feira CES de Las Vegas, com um apelo para a colaboração de investidores de todo o mundo. Desde então, com a WbyT, formou alianças estratégicas e investiu em empresas para impulsionar o projeto: adquiriu a unidade de direção automatizada da Lyft (Nível 5), fez parceria com a May Mobility para testar protótipos do veículo autônomo e-Palette e investiu na WeaveGrid para integrar veículos à rede elétrica.
Além disso, a montadora planeja compartilhar sua expertise em manufatura e as habilidades de software desenvolvidas pela WbyT com seus parceiros. Também anunciou, para este ano, o lançamento de uma competição de ideias para atrair inventores e startups interessadas em contribuir para o desenvolvimento da Woven City.
Os projetos de cidades conectadas se multiplicam em todo o mundo, sobretudo na América do Norte e China, com o grupo conhecido como GAFA (Google, Apple, Facebook, Amazon) de um lado e o governo chinês do outro, ao lado de gigantes locais como Huawei, Tencent e Alibaba.
Os projetos se beneficiam da aceleração da instalação da tecnologia móvel 5G, que deve permitir um rendimento muito maior que o 4G com um tempo de resposta mínimo.